Na correspondência, o sindicato que representa os trabalhadores das Américas aponta a necessidade do entendimento e alerta para a excelente situação financeira dos bancos. "Reforçamos o apoio internacional aos trabalhadores bancários no Brasil e defendemos a necessidade de retomar as negociações com os sindicatos, já que notoriamente os bancos brasileiros apresentam condições extremamente favoráveis para contribuir para o desenvolvimento social e econômico do Brasil através da valorização dos seus funcionários."
"Segundo nossa afiliada em Brasil, Contraf-CUT, a proposta apresentada pelo Setor empresarial, de repor somente o período da inflação, não representa o desejo expressado pela maioria dos trabalhadores, quanto aos aspectos econômicos relacionados a este processo. Também nos informa a Contraf-CUT que outras importantes reivindicações, como discussão sobre saúde e condições de trabalho, e aumento no pagamento da PLR também foram negadas", salienta o carta.
A UNI Américas repudia também as práticas antissindicais usadas pelos bancos para impedir o exercício do direito constitucional de greve, citando a utilização da polícia para coagir os bancários.
"Também nos preocupa o fato de que em algumas regiões do Brasil já foi possível observar no primeiro dia de greve o estimulo por parte dos bancos do uso da violência, através da coação policial aos movimentos grevista. Repudiamos veemente este tipo de situação e acreditamos que é também obrigação do setor empresarial estimular a democracia, através do diálogo aberto e do respeito aos seus trabalhadores", destaca a carta.
Solidariedade aos bancários em greve
A UNI Américas encaminhou na segunda-feira, dia 4, uma carta ao presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, colocando-se ao lado dos bancários do Brasil na greve nacional para a conquista de avanços econômicos e sociais.
Clique aqui para ler a íntegra da carta à Contraf-CUT.
"UNI expressa sua solidariedade a todos os trabalhadores em greve, e apoio à Contraf-CUT para alcançar seus objetivos, inclusive iniciamos uma campanha internacional fazendo com todos nossos afiliados em mais de 150 países tomassem conhecimento desta situação", enfatiza a carta.
"Agradecemos a mensagem de apoio e solidariedade da UNI Américas, que chega em boa hora, mostrando a importância da organização internacional dos trabalhadores e reforçando a pressão da categoria sobre os bancos, a fim de quebrar a intransigência e o silêncio do setor que lucra bilhões de reais no Brasil, mas que ofereceu zero de aumento real e negou as demais reivindicações dos bancários, que produzem esses resultados gigantescos em precárias condições de trabalho", frisou Carlos Cordeiro, que também é presidente da UNI Américas Finanças.
Fonte: Contraf-CUT