O evento ocorre no centro da capital paulista e conta com o apoio da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
O ato de lançamento da campanha será presidido pelo chefe mundial da UNI Finanças, o alemão Oliver Roethig. "Queremos mostrar ao HSBC e ao Santander que as entidades sindicais filiadas à UNI estão unidas nessa campanha por um acordo marco global", afirmou.
Segundo o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Ricardo Jacques, "além de deflagrar a campanha, serão promovidas no dia seguinte reuniões das redes sindicais do HSBC e Santander e no dia 19 uma reunião da Executiva da UNI América Finanças".
Uma série de encontros preparatórios com as entidades sindicais já foi realizada pela UNI Finanças, como a reunião ocorrida no dia 14 de janeiro, em Madri. Outra atividade importante foi a entrega de documentos para as direções dos bancos em cada país, na semana de 8 a 12 de fevereiro.
Lucros mundiais, direitos desiguais
"Os bancos mulitinacionais têm práticas diferentes nos seus países de origem e nos outros países onde estão operando. Lá eles respeitam os trabalhadores, as entidades sindicais e a sociedade. Na maioria dos países da América Latina e da Ásia, no entanto, eles desrespeitam tudo: os direitos trabalhistas dos bancários, a representatividade dos sindicatos e a população ao cobrarem spreads e juros muito altos e limitarem o crédito", destaca o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
"Por isso, é importante a unidade mundial dos trabalhadores para conquistar um acordo em nível global", destaca.
Garantir compromissos dos bancos
O acordo global visa assegurar direitos fundamentais para os trabalhadores dos dois bancos, independentemente dos países onde se encontram estabelecidos, como o direito à organização em sindicatos sem ingerência patronal e o direito à sindicalização, o que significa que nenhum trabalhador poderá sofrer retaliações, repressão e discriminações.
Também são objetivos do acordo global: firmar compromisso dos bancos em respeitar a legislação de cada país, assegurar negociação coletiva e diálogo social permanente em todos os níveis e combater as práticas antissindicais e a precarização do trabalho.
As entidades sindicais buscam negociações para firmar a assinatura do acordo global em 2010, ano em que acontecerá o congresso mundial da UNI. HSBC e Santander foram os bancos menos afetados pela crise financeira e, portanto, não têm razões para negar o atendimento dessa importante demanda dos representantes dos trabalhadores em todo mundo.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo