(São Paulo) Os funcionários do Unibanco que retornam de licença saúde devem ficar atentos e não confiar nas palavras de gestores que prometem ascensão profissional para os bancários não se afastarem novamente. Os trabalhadores, na verdade, estão sendo vítimas de uma armação, pois acabam sendo demitidos para o banco fugir do período de estabilidade pós-licença, conforme determina a lei.

O bancário que volta ao trabalho depois de um período de afastamento normalmente não está com toda sua capacidade recuperada e na maioria dos casos precisa continuar o tratamento, às vezes tendo que repetir o afastamento das funções. Antes disso, os gestores estão tentando convencer esses funcionários a não acionar o INSS, prometendo promoção com o claro objetivo de demitir quando vencer o período de estabilidade.

O Sindicato está acompanhando o caso de uma bancária de uma agência da zona leste que retornou de licença saúde e foi comunicada da demissão numa circunstância que mostra a falta de responsabilidade social do Unibanco. Ela, que não terá seu nome divulgado, afirma foi obrigada a se ausentar do trabalho devido a um problema de saúde do filho e, no final do mesmo dia, recebeu uma ligação da gestora para comparecer urgentemente à agência. Lá, foi comunicada da demissão. A bancária relata, ainda, que estava em tratamento e o médico inclusive havia informado da necessidade de cirurgia.

O Sindicato procurou o departamento de recursos humanos para pedir a reversão da dispensa, mas o banco negou e será acionado na Justiça.

"Os bancários têm que ficar atentos e não acreditar nas falsas promessas dos gestores. A verdadeira intenção do Unibanco é se livrar desses trabalhadores. Em caso de dúvida, procurem o Sindicato", afirma o funcionário do Unibanco e dirigente sindical Antonio Alves de Souza.

Fonte: SEEB – SP / Carlos Fernandes

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