A UE também vai propor um imposto sobre as transações financeiras ao grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, o G-20, segundo informou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, após o encontro.
Sarkozy disse que a França e Alemanha consideram a questão importante e estão prontas para implementar o imposto mesmo sem consenso global sobre o assunto. O presidente francês salientou, porém, que, para ser eficaz, o imposto deve ser aplicado em âmbito global e reconheceu que alguns membros do Conselho Europeu não estavam "absolutamente entusiasmados".
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que todos os membros da UE vão aplicar uma taxa sobre os bancos, que vai gerar receita para custear a resposta dos governos a uma futura crise financeira, além do imposto sobre transações financeiras mencionado por Sarkozy.
Segundo ela, os países da UE que estão no G-20 vão defender tanto a taxa quanto o imposto no encontro do fim de junho em Toronto, Canadá. Se o G-20 resistir, a chanceler diz que os países da UE podem decretar as taxas e o imposto por conta própria.
O apoio da França e da Alemanha foi expressado um dia depois de o Banco da Espanha afirmar que vai publicar resultados banco por banco de seus testes de estresse e de o ministro de Finanças do Reino Unido, George Osborne, pedir a mesma atitude de outros países.
Lorenzo Bini Smaghi, membro do Banco Central Europeu (BCE), também disse esperar que outros países sigam o exemplo da Espanha. Já a Associação dos Bancos do Setor Público reiterou sua oposição. "A publicação dos testes de estresse é contraproducente e pode levar a interpretações erradas nos mercados em certos casos", disse Karl-Heinz Boos, diretor da associação.
Santander foi um dos melhores no teste de estresse
O gigante banco espanhol Santander teve "um dos melhores" resultados no teste de estresse realizado pelo Comitê de Supervisores Bancários Europeus (Cebs, na sigla em inglês), informou um porta-voz do primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Rodriguez Zapatero. Segundo o porta-voz, Zapatero deu ontem a informação ao primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.
O relatório do ano passado só divulgou uma avaliação de que os bancos da UE seriam capazes de sobreviver a uma recessão mais forte do que a que ocorreu em 2009
Fonte: O Estado de S.Paulo