O Banco do Brasil (BB) lançou, nesta semana, o BB Giro Empresa Flex -Exportações, linha de crédito para capital de giro em moeda nacional, sem variação cambial, com alíquota zero de IOF, especial para exportadores.
O gerente executivo da área de micro e pequenas empresas do BB, Kedson Pereira Macedo, contou que as grandes exportadoras já tinham acesso a esse tipo de crédito. A novidade é que o BB tornou a linha acessível à micro e pequena empresa, segmento que engloba companhias com faturamento anual até R$ 15 milhões. A linha não tem o IOF de 1,5% porque esse é um benefício para exportadores. Outra característica é a flexibilidade dos pagamentos, que podem ser pré ou pós-fixados, mensais, bimestrais ou trimestrais, adaptados ao fluxo de recebimento e ciclo do produto. Tudo é automatizado e os recursos podem ser liberados pela internet. A taxa varia conforme o prazo e o risco da empresa, mas fica em média em 2% ao mês.
Com a nova linha, disse Macedo, a empresa poderá ter dois limites de crédito para financiar a produção das exportações , um em reais e outro em moeda estrangeira. Para ter acesso aos recursos, a empresa deve comprovar a destinação dos recursos utilizados por meio da apresentação de documentos referentes à exportação.
A linha BB Giro Empresa Flex existe desde o início de 2008. A aceitação foi boa. Em pouco tempo, foram contratadas 152 mil operações contratadas e o saldo atingiu R$ 6,3 bilhões. A expectativa do Banco do Brasil é que somente a nova modalidade vai gerar uma demanda por recursos de R$ 300 milhões em um ano. O que tem atraído os empresários, disse Macedo, é a flexibilidade das condições de pagamento, que adapta o cronograma de amortização às necessidades específicas de cada empresa.
A BB Giro Empresa Flex representa 19% da carteira total de crédito do Banco do Brasil para pequenas e médios empresas, que atingiu R$ 33,9 bilhões no fim de dezembro. O crescimento preliminar sobre 2007 é de 38%.
Para este ano, o ritmo vertiginoso não deverá ser mantido. Ainda assim o BB espera aumentar o crédito acima da média do mercado. A previsão é de um crescimento na faixa de 20%, enquanto os grandes bancos de varejo esperam aumento de 16%.
A nova linha desperta interesse especial no cenário de escassez e encarecimento de financiamento à exportação com recursos externos, especialmente quando concedidos por bancos estrangeiros. O Banco Central tem amenizado o problema com o leilão de linhas externas.
Fonte: Valor Econômico / Maria Christina Carvalho