O Citibank vai ampliar suas operações de financiamento no país. A Credicard, empresa de cartões do banco, incorporou as operações da CitiFinancial, a financeira do grupo, e será usada a partir de maio para designar todas as operações de crédito e serviços financeiros do grupo. O banco também começa a oferecer nas lojas financiamento ao consumo e crédito imobiliário.
A Credicard é uma das marcas mais conhecidas no Brasil no mercado de cartões. O mesmo não ocorria com a marca global CitiFinancial, considerada "inadequada" pelo banco. Por isso, deixará de ser usada no final do mês e todas as operações ficarão sob o guarda-chuva da Credicard Financiamentos.
As metas são ambiciosas. Segundo Leonel Andrade, presidente da Credicard, o objetivo é sair de uma carteira de crédito de R$ 600 milhões e chegar a R$ 2,5 bilhões em 2012. Ele acha possível isso graças a oferta de novos produtos, como o financiamento imobiliário (a partir de 2010) e o CDC já este ano, por meio de algumas parcerias com varejo. No primeiro trimestre, as operações da financeira cresceram 30% e o executivo acredita que essa tendência se manterá ao longo do ano. Para 2009, ele prevê expansão também de 30%.
Em março, a financeira teve o melhor mês da sua história, influenciado pelo financiamento de veículos. Segundo Andrade, ela se beneficiou de um movimento da concorrência, que fechou lojas pelo país. Em uma das lojas, no subúrbio do Rio, a média mensal que era de R$ 200 mil em empréstimos saltou para R$ 500 mil em março.
A financeira tem 150 mil clientes, 100 lojas e o objetivo agora é explorar a base de clientes da Credicard, com 4,5 milhões de pessoas (e 6 milhões de plásticos). Nos cartões, Andrade conta que planeja um novo plástico para a classe C e outro para a classe A. Ele espera expansão de 15% este ano no volume de recursos movimentado com os cartões da marca, que foi de R$ 20 bilhões em 2008. A meta para 2012 é ter 9 milhões de cartões.
Na cisão da Credicard, entre Itaú e Citibank em 2006, o banco americano ficou com a marca. Pelo acordo, tinha o direito de usá-la apenas no segmento de cartões até dezembro de 2008. A partir de 2009, estava livre para usar em qualquer segmento. Andrade já foi para a Credicard, em setembro de 2008, com a missão de unificar as operações com a financeira, como antecipou o Valor. Dentro da nova estratégia, a empresa promete investir R$ 200 milhões este ano em marketing, um recorde.(ASJ)
Fonte: Valor Econômico