O programa SP no Ar, da Rede Record, exibiu na manhã desta sexta-feira (23) um vídeo, com duração de quase cinco minutos, sobre o caso de um cliente que foi vítima do crime de "saidinha de banco", em São Paulo, e resolveu entrar na Justiça, com base no Código de Defesa do Consumidor, para responsabilizar a instituição financeira e cobrar uma indenização.

O cliente assaltado foi um caminhoneiro e o crime ocorreu há um ano no estacionamento da agência. O nome do banco não foi divulgado.

A reportagem mostra que ele ganhou a ação e o banco foi condenado a pagar o valor que havia sido roubado (R$ 4 mil) e uma indenização de R$ 5 mil por danos morais.

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Entre os entrevistados estão o advogado do cliente, o desembargador aposentado Rizzato Nunes e o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

O dirigente sindical ressalta que a "saidinha de banco" começa dentro do banco. "E é lá que precisa começar a ser combatida", disse Ademir.

Também foram ouvidos vários clientes que se mostram inseguros quando precisam ir numa agência. "Não me sinto segura", disse uma mulher.

A reportagem apresenta algumas das propostas defendidas pelos bancários e vigilantes para enfrentar esse crime, como portas de segurança, câmaras internas e externas com monitoramento em tempo real, biombos em frente aos caixas, divisórias entre os caixas eletrônicos e mais funcionários nos caixas para reduzir as filas e evitar a ação de olheiros.

O vídeo revela também a falta de investimentos dos bancos, mostrando os dados apurados pelo Dieese. No primeiro semestre deste ano, os lucros das cinco maiores instituições financeiras atingiram R$ 24,6 bilhões, enquanto as despesas de segurança e vigilância somaram R$ 1,5 bilhão, o que representa uma média de apenas 6,05%.

A matéria cita ainda a pesquisa que revelou no primeiro semestre a morte de 14 clientes em "saidinha de banco" em todo país.

Fonte: Contraf-CUT com R7