Sindicato de BH faz ato e paralisa agências do BB contra assédio moral
 
Neste 28 de novembro, Dia Nacional de Luta Contra o Assédio Moral no Banco do Brasil, o Sindicato de Belo Horizonte realizou ato para denunciar as práticas absurdas da Diretoria de Pessoas (Dipes) do banco contra seus funcionários. A entrada da agência central do Banco do Brasil, na rua Rio de Janeiro, 725, em Belo Horizonte, foi transformada na "porta do inferno" e as atividades de duas outras agências foram paralisadas.

Na agência central, o Sindicato promoveu um ato que atraiu a atenção de todos que trabalham ou passavam pelo local. Com a utilização de um painel que representava a "porta do inferno", foram denunciados os problemas enfrentados por funcionários do Banco do Brasil. Nas agências Barro Preto e Mateus Leme, o Sindicato interviu para que elas fossem fechadas, sendo que, no Barro Preto, a unidade permanecerá paralisada até o final do dia.

Segundo o funcionário do Banco do Brasil e diretor do Sindicato, Márcio Chaves, as agências paralisadas foram escolhidas porque, além de apresentarem os problemas comuns de assédio moral, também estão colocando em risco a vida de funcionários, clientes e usuários. "As unidades foram reformadas e não têm portas giratórias, trazendo falta de segurança a todos que trabalham ou utilizam os serviços do banco. A agência Barro Preto ainda mantém os funcionários trabalhando enquanto está em reforma", afirmou.

O Sindicato denuncia a recorrência de assédio moral contra os funcionários com a imposição de metas abusivas e de jornadas de trabalho ilegais, com o consequente adoecimento dos trabalhadores. Além disso, o banco pratica a retaliação e, com seu diretor de Pessoas, Carlos Netto, numa atitude arrogante e covarde, desmarca férias de funcionários e exige jornadas acima de dez horas, desrespeitando as conquistas dos bancários na greve vitoriosa e democrática da Campanha Nacional de 2012.

Segundo o presidente do Sindicato, Cardoso, o ato do Dia Nacional de Luta Contra o Assédio Moral no Banco do Brasil serviu para mostrar aos bancários e à população que, infelizmente, o Banco do Brasil se tornou um verdadeiro inferno. "O diretor de Pessoas, Carlos Netto, se tornou um verdadeiro mensageiro do diabo, promovendo o terror dentro do banco e assediando os trabalhadores. Por isso, as portas das unidades de trabalho do Banco do Brasil se transformaram nas portas do inferno", explica.

Cardoso destaca a importância da luta para combater as práticas abusivas. "Vamos continuar denunciando o banco, nas ruas, na Superintendência Regional do Trabalho e no Ministério Público do Trabalho. O diretor Carlos Netto, mensageiro do diabo, não vai fazer da vida dos trabalhadores um inferno", afirmou o presidente do Sindicato.

 
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Bancários do Ceará denunciam o Banco do Brasil, "bom pra poucos"

 
O Sindicato dos Bancários do Ceará esteve durante toda a manhã desta quarta-feira, dia 28, em frente ao prédio da Superintendência do Banco do Brasil, onde também funciona a agência Aldeota, para protestar contra os desmandos da direção da empresa com relação ao trato com seus funcionários. O protesto fez parte de um Dia Nacional de Luta, onde os bancários disseram "não" às práticas antissindicais e às discriminações pós-campanha nacional praticadas pelo BB em relação aos funcionários que exerceram seu legítimo direito de greve.

Uma das condições para que os bancários assinassem o acordo coletivo 2012/2013 foi a de não haver desconto dos dias de greve ou mesmo qualquer outra medida contra os trabalhadores que exerceram esse direito assegurado pela Constituição. Entretanto, o banco vem extrapolando o que está previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva e soltou instrução normativa mandando seus administradores alterarem férias e demais licenças dos bancários que já estavam pré-agendadas, pressionando-os a compensar as horas não trabalhadas.

"Após a campanha salarial, em vez de o banco ter a responsabilidade social que tanto propaga, anda fazendo tudo ao contrário do que acertou com os trabalhadores. É assédio moral, é descomissionamento, pressão para compensar as horas da greve, é toda mazela que se possa imaginar. Nós não podemos aceitar isso. Funcionários e clientes vivem sob assédio constante, para benefício de poucos", analisa o diretor do Sindicato, Bosco Mota.

O presidente do Sindicato e funcionário do BB, Carlos Eduardo Bezerra, lamentou a postura do banco. "Mais uma vez estamos na frente do Banco do Brasil denunciando, infelizmente, as práticas antissindicais que essa empresa tem tomado. Esse banco, que juntamente com a Caixa, é o maior agente das políticas de crédito do País, tem perseguido seus funcionários, cancelado férias, licenças, pressionado e assediado funcionários pela compensação das faltas da greve, perseguido seus trabalhadores. O presidente do BB, Aldemir Bendine, o Dida, e diretor de Pessoas, Carlos Neto, estão mostrando que não têm a menor ideia do que é trabalho decente, do que é dignidade e do que é o contrato de trabalho que eles assinaram", condena.

Ele completa afirmando que essas perseguições só mostram que o Banco do Brasil está longe de ser um banco bom pra todos, como propagandeia em rede nacional pagando, a peso de ouro, até atores globais. "O Bom Pra Todos na verdade é bom pra poucos, pois tem adoecido cada vez mais, os funcionários desse banco e muitos já estão usando até remédio tarja preta. E se não fosse a postura do movimento sindical, que tem se reunido com as instâncias de gestão do banco para denunciar os desmandos do BB, a situação seria muito pior", avalia.

Para Carlos Eduardo, o sentimento maior dentro do BB atualmente é o medo. "É isso que percebemos em reuniões que fazemos nas agências, os colegas têm medo, os gerentes têm medo porque também são cobrados pelos gerentes regionais, que também sofrem pressão da superintendência, que também é cobrado pela direção da empresa. O medo impera. A presidência do BB está desrespeitando, deliberadamente, o contrato coletivo de trabalho assinado com os trabalhadores. E esse tipo de visão mesquinha da direção geral deste um banco tão importante mostra que ainda temos muito o que avançar no que se refere ao trabalho decente nesse País. E um banco que não respeita os seus funcionários, também não respeita seus clientes", conclui.

Denúncia formal

Em razão dessas perseguições, a Contraf-CUT entrou no dia 5 com representação contra o BB no Ministério Público do Trabalho (MPT), que marcou audiência para o próximo dia 3 de dezembro.

Além disso, a Contraf-CUT, as federações e os sindicatos também denunciaram o banco em reunião realizada no dia 14 com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopes Feijó, em Brasília. As entidades entregaram três documentos com denúncias de problemas graves de gestão no BB, entre elas as perseguições aos bancários grevistas.

Orientações

O Sindicato orienta que os funcionários não assinem nenhum documento e que denunciem ao Sindicato qualquer pressão ou perseguição vinda da direção do BB. "Estamos no dia de hoje em todo o Brasil dizendo para a administração do BB – o presidente e sua diretoria – que a postura do banco não pode ser a dessa violência organizacional. Chamamos todo o funcionalismo do banco a denunciar esse assédio para que o Sindicato possa tomar as devidas providências", finaliza Bosco.

BB, BOM PRA POUCOS

Faltam funcionários. BB aumenta em três milhões o número de contas, mas suspendeu a convocação de concursados.

Campeão de reclamações no Banco Central. Principalmente, por débitos não autorizados e cobrança irregular de tarifas e serviços. Os trabalhadores há tempos vêm denunciando a pressão do BB para vendas casadas.

Discriminação e ameaça. Bancários que exerceram seu legítimo direito de greve estão sendo pressionados e ameaçados, num desrespeito à Convenção Coletiva de Trabalho e à Constituição.

Descomissionamentos irregulares. BB descomissiona e persegue bancários que lutam pelo legítimo direito da jornada de seis horas.

Fonte: Seeb Ceará 

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