Depois de três dias de paralisação, que fechou até mesmo as agências bancárias do Distrito Federal, os vigilantes de Brasília conquistaram aumento de 8% no salário (acima da inflação) a partir de 1º de maio e decidiram em assembléia retornar ao trabalho nesta sexta-feira 29. A categoria garantiu ainda aumento no valor do tíquete alimentação de R$ 9,55 para R$ 12,00.

"A conquista de aumento real de salário, obtida com luta, é uma grande vitória dos vigilantes e dá uma sinalização importante para as demais categorias de trabalhadores", afirma Rodrigo Brito, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, que não só apoiou a greve como deu suporte jurídico ao movimento dos vigilantes.

O Sindicato conseguiu liminar na Justiça na quarta-feira 27 proibindo o Bradesco de abrir as agências sem a presença de vigilantes que estavam em greve. Violando a legislação, o Bradesco estava abrindo as portas de algumas agências. A Justiça concedeu antecipação de tutela na ação movida pelo Sindicato e estipulou multa diária de R$ 10 mil pelo descumprimento da decisão judicial.

Além do ganho salarial e do tíquete, a categoria também recebeu um aumento no valor do plano de saúde, que de R$ 39,00 passa para R$ 42,00. O plano odontológico de R$ 5,00 a R$ 6,00 e o repasse para aposentadoria por invalidez ou doença sobe de R$ 9,00 para R$ 10,00.

O acordo prevê que o aumento será pago no contracheque do mês de junho, retroativo a maio. Já a diferença do tíquete alimentação será paga em julho, e os pagamentos dos meses de maio e junho serão feitos em agosto.

"As conquistas alcançadas com a paralisação da categoria mostra que a disposição de luta dos vigilantes, formada com união e persistência, foi o que garantiu o sucesso das negociações. Ressalto ainda que a participação ativa do Sindicato dos Bancários de Brasília foi fundamental para o desfecho vitorioso da greve", afirma o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), José Boaventura dos Santos.

Fonte: Contraf-CUT, com CNTV