A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta quinta-feira, dia 2 de junho, às 15h, a Mesa Temática de Segurança Bancária com a Fenaban, em São Paulo. Trata-se da terceira rodada em 2011 e estarão em debate as medidas de combate ao crime da "saidinha de banco".
 

Na última reunião, ocorrida no dia 29 de abril, os bancários cobraram providências dos bancos porque esse crime começa dentro das agências e postos de atendimento, causando mortes, feridos, pessoas traumatizadas e sensação de insegurança.

Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, "os bancos precisam fazer a sua parte, reforçando os equipamentos de prevenção nas suas unidades, assim como os estados precisam melhorar a segurança pública", defende.

Os bancários defenderam a melhoria da estrutura de segurança dos estabelecimentos, com a instalação da porta giratória antes da sala de autoatendimento e vidros blindados nas fachadas. "Também propomos a colocação de câmeras de vídeo em todos os espaços de circulação de clientes, bem como nas calçadas e áreas de estacionamento, com monitoramento em tempo real e com imagens de boa qualidade para auxiliar na identificação de suspeitos", afirmou o dirigente sindical.

A instalação de biombos ou tapumes entre a fila de espera e a bateria de caixas também foi reforçada pela Contraf-CUT. "Essa barreira, com o reposicionamento do vigilante para observar esse espaço junto com a colocação de uma câmera de vídeo, elimina o risco do chamado ponto cego e garante privacidade e sigilo nos saques dos clientes, evitando a ação de olheiros", ressaltou Ademir. Ele também defendeu a instalação de divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos.

A proposta de isenção das tarifas de transferência de recursos (DOC, TED, ordens de pagamento, etc), como forma de desestimular os saques que muitos clientes efetuam para não pagarem tarifas, foi reiterada pelos bancários. "Essa medida, se adotada, reduzirá a circulação de dinheiro na praça e evitará que clientes sejam alvos de assaltantes", enfatizou o diretor da Contraf-CUT.

Os representantes da Fenaban disseram que estão preocupados com a "saidinha de banco" e que todas essas propostas seriam avaliadas pelos bancos. "Esperamos que a Fenaban traga propostas concretas que atendam as reivindicações dos trabalhadores ", concluiu Ademir.

Reunião do Coletivo Nacional de Segurança Bancária

Antes da negociação com a Fenaban, a Contraf-CUT reúne o Coletivo Nacional de Segurança Bancária, às 9h30, no auditório Amarelo do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Rua São Bento, 413), no centro da capital paulista.

O objetivo é preparar as discussões com os bancos e tratar das demais questões envolvendo a segurança nas instituições financeira e a proteção da vida de trabalhadores e clientes.

Fonte: Contraf-CUT