As dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Jackeline Machado e Adriana Magalhães, que é funcionária do Itaú Unibanco, e o militante da CUT Carlos Alberto Magalhães, foram agredidos na madrugada de segunda-feira 1º, por um advogado do Itaú Unibanco, ressentido com o Sindicato por causa da greve no CTO.

Os três estavam em uma lanchonete nas imediações da Avenida Paulista, por volta de 1h da manhã, quando foram abordados pelo advogado José Guilherme Júnior com empurrões e ameaças. Jackeline conta que ele chegou agredindo Carlos Alberto, numa postura altamente violenta, e dizendo coisas como: "o mundo dá voltas, pensaram que não iam mais me encontrar?", e citou o CTO Itaú, referindo-se a uma atividade da última campanha salarial realizada em frente à concentração do Itaú, durante a greve.

O advogado ficou ainda mais agressivo quando viu que Jackeline estava filmando a cena com o aparelho de celular. "Ele arrancou o celular da minha mão e arremessou para a rua. Depois me empurrou, eu caí no chão e ele começou a me chutar e a me ofender moralmente." A dirigente recebeu um chute no peito que a deixou com um forte hematoma, além de escoriações e hematomas pelas pernas e braços.

Os três prestaram queixa na 4ª DP, na Consolação, onde fizeram boletim de ocorrência, e depois foram ao Instituto Médico Legal (IML) fazer exame de corpo delito. "Fomos ainda ao pronto socorro, onde o médico tirou uma radiografia impressionado com o forte hematoma em meu peito", relata.

Testemunhas

Quatro pessoas que estavam na lanchonete resolveram acompanhar os três e testemunhar a favor deles na delegacia. "Ficou tão clara a violência gratuita deste homem que as pessoas se mostraram solidárias e se dispuseram a passar horas da madrugada numa delegacia de polícia", diz Jackeline.

A bancária ressalta que a violência do advogado foi, sem dúvida, uma atitude antissindical. "Ele nos bateu e xingou porque nos reconheceu como dirigentes sindicais. Isso mostra desrespeito com o Sindicato e com seus dirigentes. É também lamentável que o Itaú Unibanco seja representado por profissionais desse tipo, que deveria utilizar o diálogo mas que, ao contrário, se utiliza da violência", lamenta.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira já pediu providências ao Itaú Unibanco e os advogados do Sindicato já estão tomando as medidas cabíveis.

Fonte: Seeb São Paulo

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