A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, tem interesse em crescer nos setores de energia, shoppings e imóveis comerciais. Segundo o diretor de participações, Joilson Rodrigues, o fundo tem interesse em eventuais vendas de participações em ativos de energia no Brasil. Ele citou o processo de venda da fatia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Brasiliana, que está parado.

Ainda no setor de energia, ele afirmou que investimentos diretos, como na construção da hidrelétrica de Belo Monte, a Previ só deve atuar por meio das suas controladas (CPFL e Neoenergia), e não de forma direta.

No segmento imobiliário, a Previ tem "bastante interesse" devido à boa rentabilidade deste tipo de investimento. Segundo Rodrigues, também há a possibilidade de avançar em galpões industriais.

Atualmente, o fundo tem R$ 3 bilhões em carteira no setor, mas tem espaço para crescer porque aplica menos de 3% do seu patrimônio nestes ativos, enquanto o limite é de 8%. "Temos um espaço grande para crescer", disse hoje o executivo, durante o 30º Congresso Brasileiro de Fundos de Pensão, em Curitiba.

Segundo ele, esse processo levará anos para acontecer porque são muitos recursos a serem aplicados. Atualmente, a Previ tem participação no Shopping Curitiba, nos shoppings paulistanos Tatuapé e Morumbi, no Barra Shopping do Rio de Janeiro e no Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto (SP).

Em relação às ofertas de capital que estão no forno, o diretor afirmou que a Previ "a princípio não tem interesse" devido à sua elevada exposição à renda variável, que já deixa o fundo fora das normas de enquadramento do setor.

"Em renda variável, o foco será apenas em acompanhar ofertas de capital de empresas onde já estamos, com o objetivo de manter nossa participação", disse. Este é o caso da capitalização da Petrobras, que está em estudo pelo fundo. Segundo Rodrigues, ainda é cedo para qualquer definição porque os projetos do pré-sal ainda estão no Congresso.

Fonte: Agência Estado / Natalia Gómez

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