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saidinha_de_banco_faz_vitima_pa.jpg Um cidadão observa a movimentação de determinados clientes em uma agência e, posteriormente, repassa informações para comparsas, que encontram-se do lado de fora, prontos para agir. Mais tarde, esses últimos abordam a vítima e executam o assalto. Essa modalidade de crime, tão recorrente em grandes cidades do Brasil, é conhecida como "saidinha" e, cada vez mais, assusta cidadãos que necessitam efetuar operações bancárias nas agências.

Na quinta-feira (23) pela manhã, o prático Carlos Alberto Santa Brígida do Nascimento, 64 anos, tornou-se mais uma vítima desse tipo de ação, depois de ter saído de uma agência bancária e ser seguido por dois bandidos, que estavam em uma motocicleta. O fato ocorreu no estacionamento do conjunto residencial Aloysio Chaves, localizado na avenida Bernardo Sayão, bairro do Jurunas, em Belém, no qual ele morava.

De acordo com levantamento do major Rosivaldo, comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar, Carlos Alberto Nascimento encontrava-se no final da manhã de ontem na agência do Banco do Brasil que fica na rua 15 de Novembro, no Comércio.

Na ocasião, ele estava acompanhado do motorista Edson Roberto Monteiro, o qual afirmou para a polícia que trabalhava há 18 anos com a vítima. Após sacar R$ 18.000,00 e fazer transferências bancárias, o prático saiu da agência com R$ 9.500,00 em uma pochete e R$ 1.000,00 nos bolsos da calça.

Inclusive, Edson Monteiro comentou com o major Rosivaldo que observou a movimentação suspeita de um indivíduo dentro da agência, mas não percebeu nenhuma atitude estranha após eles saírem do local.

Instantes depois, Carlos Alberto pediu a Edson que apanhasse um táxi e fosse buscar seus dois filhos na escola. Antes disso, o prático telefonou para sua casa e comunicou para empregada doméstica que já iria almoçar.

As câmeras do circuito interno de TV do conjunto residencial Aloysio Chaves registraram a chegada da vítima, em seu veículo Honda Civic. Logo depois, dois indivíduos chegaram em uma motocicleta. Um deles, armado, rendeu o porteiro, enquanto o outro passou pelo portão de entrada. O zelador do conjunto testemunhou a aproximação do bandido que, imediatamente, anunciou o assalto e pediu o dinheiro.

Em seguida, a testemunha só ouviu o disparo. O autor, por sua vez, saiu do conjunto e fugiu na motocicleta, juntamente com seu comparsa. Carlos Alberto Nascimento ainda foi socorrido e levado para o Pronto-Socorro do Guamá no seu próprio veículo, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu.

Preliminarmente, policiais militares acreditam que o projétil seja oriundo de uma pistola ponto 40. O caso foi registrado na Seccional da Cremação.

APURAÇÃO

Desde a hora do latrocínio, equipes de investigadores da Cremação, todas as equipes da 4ª ZPol, quatro viaturas da Rotam e quatro equipes da Rocan fizeram uma grande varredura em várias áreas da cidade para prender os acusados.

Segundo o major Rosivaldo, a procura dos criminosos está baseada nas imagens das câmeras do circuito interno de TV. "Depois de avaliarmos, saímos em busca dos suspeitos e também estamos embasados nas características descritas pelas testemunhas", disse o major.

Segundo a polícia, os criminosos aparentam ter entre 40 e 45 anos de idade, com cerca de 1,75 de altura. O fato de a dupla ter tirado o capacete na hora que entrou no condomínio, facilitou a visualização dos acusados.

Todas essas características levam a polícia a comparar o bandido que atirou na vítima com Sandro Morete Alves Marçal, 31 anos. Ele é um dos três homens que assaltou o escritório de advocacia Charone no dia 15 de setembro.

Fonte: Diário do Pará

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