Crédito: Seeb São Paulo
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Mobilização contra horário estendido e agências de negócios inseguras

Para lutar por mais contratações e contra implementação do horário estendido pelo Itaú, dirigentes sindicais realizaram um protesto na Vila Formosa, zona leste de São Paulo, nesta quarta 18. Com faixas e folhetos, os diretores do Sindicato dos Bancários de São Paulo conversaram com os trabalhadores e com a população sobre reivindicações por mais funcionários, turnos e segurança nas unidades de atendimento. 

“O Itaú é pioneiro em horário estendido, que atende além do expediente bancário”, diz o diretor do Sindicato Sérgio Francisco. De acordo com o dirigente, o modelo de atendimento a correntistas fora do horário normal, das 10h às 16h, cresce à revelia dos empregados, sem levar em consideração as especificidades de cada agência. 

“Com o horário estendido, o banco faz escalas internas diferentes, como das 9h às 17h ou das 11h às 19h. A vida do funcionário que, por exemplo, tem que buscar a criança na escola ou estuda é afetada, mas a luta é coletiva. Por isso, reivindicamos mais funcionários, com dois turnos para não sobrecarregar quem já está cheio de trabalho e, além disso, maior segurança”, explica Sérgio. 

De acordo com reportagem do UOL, o Itaú já tem 460 agências que atendem fora do horário padrão. Dessas, 163 adotaram o sistema em 2 de junho. Por outro lado, enquanto amplia o atendimento aos correntistas, agências do Itaú da capital chegaram a ficar fechadas por falta de pessoal, de 5 a 17 de junho. 

“É um absurdo exigir que o bancário volte para casa mais tarde para supostamente priorizar o cliente, sendo que duas unidades da zona norte foram até fechadas simplesmente por falta de gente, sem condições mínimas de atendimento”, ressalta a diretora executiva do Sindicato Marta Soares. 

A dirigente sindical lembra que entre janeiro e março deste ano, o Itaú fechou 733 vagas em todo o Brasil. Em um ano, foram 2.759 postos a menos. Enquanto isso, o lucro cresceu 29% em relação aos três primeiros meses de 2013, batendo R$ 4,529 bilhões. 

Faltou planejamento 

Entre as reclamações estão falta de segurança e inadequações com relação a compromissos pessoais já assumidos. “Essas mudanças geram insegurança”, afirma um bancário. “Nas agências que fazem das 11h às 19h, o comércio no entorno fecha às 18h e, assim, quando os bancários saem, o movimento da rua já está muito reduzido. É perigoso.” 

“Alguns gerentes também reclamaram ao Sindicato que se sentem pouco produtivos, já que são três horas subaproveitadas, em muitos dias”, relata Sérgio Francisco. “Faltou planejamento, o banco fez toda a mudança sem pensar na vida do trabalhador.”


Fonte: Seeb São Paulo com UOL

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