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Brasileiros protestam em Berlim contra desocupação do terreno

Centenas de manifestantes protestaram na manhã desta quinta-feira (2), em solidariedade à comunidade de Pinheirinho. A marcha durou mais de duas horas e saiu da Praça Central de São José dos Campos, em São Paulo, levando o grito por acesso à moradia no Brasil e pela reintegração de posse da área aos moradores expulsos do local que viviam há oito anos.

Movimentos sociais vieram de Minas Gerais, São Paulo e Paraná organizados para o ato nacional "Somos Todos Pinheirinho", como foi chamado. Em um carro de som instalado em frente à Câmara Municipal, os líderes dos movimentos sociais acusam nominalmente o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de violação de direitos humanos durante a desocupação de seis mil pessoas, com derrubada das casas da ocupação que existia há oito anos.

"Pinheirinho, tô com você. Contra o massacre do PSDB", foi uma das principais frases de ordem da manifestação. A presidenta Dilma Rousseff também foi cobrada a garantir o direito de moradia no terreno às famílias retiradas pela polícia militar em ato violento. O terreno faz parte da massa falida de uma das empresas de Naji Nahas.

Representando a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou que a presidenta, que na semana passada considerou a desocupação uma barbárie, deveria dar "consequência à indignação do discurso". Segundo o parlamentar, o Ministério das Cidades precisa ter agilidade, assim como o programa Minha Casa Minha Vida, para atuar nesses episódios.

Na Alemanha

Um grupo de 40 brasileiros se reuniu em frente à Embaixada do Brasil em Berlim, capital da Alemanha, para protestar contra o processo de desocupação da comunidade de Pinheirinho. Sob um frio de cinco graus negativos, os manifestantes seguravam uma longa faixa com os dizeres "Wir sind alle Pinheirinho" – na tradução do alemão: "Todos somos Pinheirinho".

Esse foi o segundo protesto do tipo na capital alemã em poucos dias. Segundo uma das participantes, que preferiu não ter seu nome divulgado, o grupo não tem orientação partidária, apenas "uma indignação comum frente aos acontecimentos violentos na ocupação de Pinheirinho".

Outras manifestações semelhantes devem acontecer em várias cidades do mundo, ligadas à rede "Pinheirinho Mundo Afora", que conta com um blog e uma comunidade no Facebook.

Fonte: Sul21

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