Crédito: Seeb Brasília
Seeb BrasíliaApós 26 dias de greve – uma das maiores realizadas nas últimas duas décadas -, os bancários e bancárias do BRB, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e dos bancos privados do Distrito Federal aprovaram em assembleias em separado, realizadas no início da noite desta segunda-feira (14), as propostas da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e as específicas por bancos e encerram a paralisação.

A proposta global aprovada prevê reajuste salarial de 8,0% (aumento real de 1,82%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

“Diante do atual cenário econômico e da mobilização dos bancários, avaliamos que as propostas são positivas porque contêm aumento real, valorização do piso, melhorias na PLR, além de outros avanços, como a cláusula que proíbe o envio de mensagens pelo celular e o vale-cultura. O fim da greve não encerra nossa luta. Continuamos mobilizados e batalhando pelos direitos da categoria”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo.

Proposta do BRB

Da contraproposta apresentada em negociação na última sexta-feira (11), o BRB acatou apenas a do vale-cultura e a compensação dos dias de greve nos moldes da Fenaban, acrescida de anistia de metade deles. 

O vale-cultura será concedido para os que recebem até cinco salários mínimos. Serão R$ 50 por mês, por meio de cartão magnético, para serem usados em eventos e produtos culturais, dentro do que determina a Lei 12.761/2012.

Veja os principais itens da proposta aprovada do BRB:

– 8% de reajuste sobre todas as verbas salariais;

– elevação do piso para R$ 2.250, o que corresponde a uma correção de 8,6%; esse percentual se aplicará a todos os VPs;

– para os ex-auxiliares administrativos que, em dezembro deste ano, não estiverem alocados em outra função comissionada, perdendo assim o direito à indenização, o banco propôs uma substituição eventual na função de analista júnior por 5 meses. O banco se comprometeu ainda a discutir uma resolução definitiva sobre esse assunto dentro desse prazo;

– anuênios: os funcionários admitidos a partir dos anos 2000 que conquistaram o anuênio em 2010 receberão o equivalente ao número de anos trabalhados a partir daquele ano;

– PCCR: criação de uma comissão para discutir correções no plano, com a participação do Sindicato. Entre os pontos a serem discutidos estarão: carreira de analistas de TI; AG de auxiliar de autoatendimento; e encarreiramento;

– concessão de vale-cultura no valor de R$ 50 (conforme Fenaban); 

– aperfeiçoamento da redação da cláusula que trata do combate ao assédio moral para deixar clara a posição contrária da direção do banco à prática;

– concessão de financiamento habitacional para novos contratos ou para portabilidade daqueles contraídos com outras instituições financeiras, a uma taxa de 7,5% ao ano; o período de vigência da taxa será de 6 meses;

– dias parados: compensação dos dias de greve – abono da metade e compensação de 1 hora por dia até 15 de dezembro.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília