Crédito: Seeb Brasília
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Houve “embaixadinhas” e uma corda bamba para retratar situação dos bancários 

Contra as demissões, a falta de funcionários, a insegurança, as péssimas condições de trabalho, o adoecimento e outros problemas enfrentados por quem trabalha no Itaú – maior banco privado do país -, o Sindicato dos Bancários de Brasília realizou, na terça-feira (10), um dia nacional de luta. Na capital federal, os trabalhadores se concentraram no Setor Comercial Sul.

Além dos discursos em defesa dos bancários e dos clientes e usuários do Itaú, a manifestação contou com a participação do artista Lindomauro, que mostrou ter muito talento com acrobacias e intimidade com a bola. Habilidoso, Lindomauro apresentou um número com embaixadinhas e outros passos de futebol, remetendo, de maneira satírica, à Copa do Mundo e à situação dos funcionários, que se encontram na ‘corda bamba’.

Patrocinador oficial da Copa do Mundo, o Itaú propaga em campanha de mídia o slogan ‘Vamos torcer e jogar todos juntos’. Mas a realidade no banco é outra. Em carta aberta elaborada pela Contraf-CUT e distribuída pelo Sindicato aos clientes, os bancários denunciam que o Itaú está jogando mesmo é contra o emprego, contra a segurança e também contra a população.

O artista Lindomauro apresenta número com embaixadinhas e outros passos de futebol, remetendo, de maneira satírica, à Copa do Mundo e à situação dos funcionários, que se encontram na ‘corda bamba’

Descaso

Somente em 2013, o Itaú obteve lucro líquido de R$ 15,8 bilhões, o dobro do que o governo brasileiro investiu desde 2007 para construir e reformar os estádios para a Copa do Mundo.

No primeiro trimestre de 2014 o lucro já chegou a R$ 4,5 bilhões, com um crescimento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar do alto lucro, o Itaú cortou 733 postos de trabalho neste mesmo período, totalizando 2.759 nos últimos 12 meses.

Outro problema grave é a falta de investimento do banco em segurança. O Itaú introduziu um novo modelo de ‘agências de negócios’, onde trabalham bancários, funcionam caixas eletrônicos, mas não existem vigilantes nem equipamentos de segurança.

“Fizemos hoje mais um dia nacional de luta para cobrar do Itaú o fim das demissões. É inadmissível que uma instituição financeira como o Itaú, que prega a responsabilidade social, continue a colocar em risco a vida de seus funcionários e clientes, como acontece quando o banco retira seus vigilantes”, afirmou a secretária de Assuntos Parlamentares do Sindicato, Louraci Morais, que esteve presente no ato

“O banco que investe na Copa e lucra bilhões com ela tem o dever de garantir boas condições de trabalho aos funcionários, expostos a fatores que afetam a saúde, graças às jornadas exaustivas e às metas abusivas”, frisou Louraci.


Fonte: Seeb Brasília

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