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Propostas serão levadas à 15ª Conferência Nacional dos Bancários

Foi realizada na manhã deste domingo (7) a plenária final da 15ª Conferência Estadual dos Bancários do Paraná, com a participação de mais de 280 delegados de todo o estado, no Hotel Mabu Capivari, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba. O evento, iniciado na manhã de sábado, discutiu e deliberou sobre as propostas paranaenses que serão encaminhadas à 15ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorrerá nos dias 19, 20 e 21 de julho, em São Paulo. Também foram eleitos os delegados que irão representar o Paraná no encontro nacional.

Propostas aprovadas

As propostas debatidas e encaminhadas sobre emprego foram aprovadas por maioria da plenária. Já as propostas sobre reestruturação produtiva do sistema financeiro, que versam sobre novos modelos de gestão e tecnologias, também foram aprovadas sem polêmicas.

Em relação à remuneração foi indicado um reajuste de reposição da inflação mais 5% de ganho real. Houve também novas proposições, como o fim das perdas salariais para os afastados por doença (inclusive dos vales refeição e alimentação) e o fim das diferenças salariais para bancários com mesmo trabalho, entre outras propostas de estratégia, aprovadas por maioria.

Por fim, foram definidas as propostas sobre condições de trabalho, encerrando os debates.

Mesa de abertura

Na mesa de abertura da 15ª Conferência Estadual, os representantes das entidades enfatizaram que o país está vivendo um momento particular de ebulição e mobilização, em que nós não podemos nos eximir. Muitas das bandeiras, que estão aí erguidas nas ruas, têm sido levantadas pelo movimento sindical há muito tempo. Por isso, foi lembrado que as manifestações não começaram agora, pois há décadas os trabalhadores têm ido às ruas exigir os seus direitos.

“Disso tudo, o mais importante para nossa campanha salarial, além da negociação da remuneração, será a temática da saúde e das condições de trabalho, pois, se há algumas décadas, os bancários adoeciam por LER/DORT, hoje, a categoria está sendo afastada por adoecimento mental e psicológico. Desafios nós sempre tivemos e não vai ser diferente este ano! Mas eu tenho certeza que com nosso empenho e nossa garra, nós faremos uma campanha salarial vitoriosa”, disse Elias Jordão, presidente da Fetec-CUT-PR.

“Estamos vivendo um momento muito importante, em que o clamor das ruas mexe, de fato, com os poderes executivo, legislativo e judiciário brasileiros. Algumas conquistas já foram alcançadas! E acredito que, até o momento, a CUT foi prudente em sua posição. Mas sinto também que o governo está pautado pelo empresariado e pelas grandes fortunas brasileiras. E nós não estamos conseguindo levar adiante as bandeiras dos trabalhadores! Diante de tudo isso, este é o momento de cobrar garantia de emprego aos trabalhadores, pois não há luta que se justifique se não há emprego. E mais: o Projeto de Lei 4.330 pode ser o início da extinção do bancário”, destacou Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba.

“Considero que um ponto fundamental para os debates das conferências de 2013 é o tema das condições de trabalho, seja na luta contra o adoecimento, seja na segurança bancária”, frisou Ivone Maria da Silva, secretária-geral da Contraf-CUT.

“Aqui, ninguém começou a lutar agora, ninguém nunca dormiu. Aqui se construiu a luta dos trabalhadores. Apesar disso, eu saúdo aqueles que despertaram agora e vieram à luta, e digo: sejam bem-vindos, nós já estamos na luta há 30 anos. Eu sou de um tempo em que nós íamos para as ruas pelo direito à manifestação. O que nós reivindicávamos era o direito de falar e não ser preso. Superada a ditadura, nossos cartazes pediam comida, emprego, moradia”, disse Vagner Freitas, presidente da CUT.

“Se é verdade que nós temos muito o que caminhar, não se pode desconsiderar que, nos últimos dez anos de governo, o Brasil teve um crescimento que a burguesia não conseguiu alcançar em 500 anos. É por isso que nossas bandeiras são por mais! E nós não devemos nos contentar com as conquistas, porque quando nós alçamos um degrau, temos que querer outro, e outro, e outro. Mais uma vez, saudamos os que chegaram para lutar agora, parabenizamos os que sempre lutaram e estamos certos que tudo isso deve ser usado para planejar a continuidade da CUT e da luta dos trabalhadores”, concluiu Vagner.

Também participaram da abertura os representantes das regionais da Fetec-CUT/PR e a presidenta da CUT do Paraná, Regina Cruz.

Fonte: Contraf-CUT com Fetec-PR e Seeb Curitiba