Na véspera do aniversário de 85 anos do Banrisul, que ocorre no próximo dia 12, o Comando dos Banrisulenses se reúne na quarta-feira, dia 11, às 14h30, com a direção do banco no edifício-sede, em Porto Alegre, para a primeira rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2013. A pauta de reivindicações foi entregue ao presidente da instituição, Túlio Zamin, no último dia 28 de agosto, com a presença de dirigentes da Contraf-CUT, Fetrafi-RS e sindicatos.

Além de deixar bem claro que o Banrisul precisa dividir o bolo com aqueles que fazem o lucro crescer a cada ano que passa, os funcionários querem o atendimento das demandas apresentadas. Condições de aumentar a fatia do bolo para os trabalhadores, o banco público dos gaúchos tem e de sobra.

O secretário de assuntos socioeconômicos da Contraf-CUT e empregado do banco, Antonio Pirotti, afirma esperar que “a direção do Banrisul traga respostas para as demandas apresentadas, que visam a valorização dos funcionários e a melhoria das condições de trabalho”.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Mauro Salles, ressalta que os banrisulenses precisam ser valorizados. “O Banrisul vem crescendo, tendo obtido lucro de R$ 419,7 milhões no primeiro semestre deste ano”.

O diretor da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha, lembra o resultado da negociação do ano passado que, estranhamente, não teve o acordo coletivo assinado. “Lamentamos ter visto o retrocesso do banco em 2012. Nossa maior preocupação é que isso não se repita na campanha de 2013”.

Os bancários reivindicam salário mínimo calculado pelo Dieese como piso, valorização das funções através de remuneração, fim das metas individuais, além da suspensão de quaisquer projetos de terceirização e o fim da trava de 2 anos para participação em novos processos seletivos, entre outros pontos.

Também merecem destaque a manutenção das conquistas, como a 13ª cesta-alimentação com valor diferenciado, e soluções para as pendências que envolvem o novo quadro de carreira, além da democratização da gestão do banco, com a eleição de um diretor-representante dos funcionários, conforme estabelece a constituição estadual do Rio Grande do Sul.

“A pauta reflete as necessidades específicas dos banrisulenses como um todo, visto que dialoga tanto com funcionários antigos e novos, assim como os aposentados. Embora sejam muito importantes, as reivindicações de caráter econômico estão conciliadas às condições de trabalho, muito precárias no Banrisul, que geram adoecimento e uma série de outros problemas”, enfatiza a diretora da Fetrafi-RS, Denise Falkenberg, também funcionária do banco.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Porto Alegre