Crédito: Seeb Campinas
Seeb Campinas
Trabalhadores exigem mais empregos e melhores condições de trabalho

Os bancários do HSBC, em Mogi Guaçu (SP), paralisaram os serviços na quinta-feira (25), no período das 7h às 12h, retardando a abertura da agência ao público em 1h, para protestar contra as demissões e exigir melhores condições de trabalho; entre outros pontos, fim do compartilhamento de agências, da rotatividade e metas abusivas.

Durante a manifestação, os diretores do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região discutiram o resultado da rodada de negociação realizada no último dia 2 – os sindicatos voltam a se reunir com o banco inglês no próximo dia 30.

Em 2012, o HSBC fechou 1.002 postos de trabalho no país; somente em Curitiba, onde está localizada a matriz do Banco, foram demitidos 250 funcionários de janeiro à maio deste ano. “Sem falar no processo de terceirização, da precarização do trabalho. Segundo dados do Dieese, os correspondentes bancários cresceram 600% em período recente”, destaca o diretor do Sindicato, Danilo Anderson.

Em relação às condições de trabalho, observa Danilo, o HSBC instaurou a prática do compartilhamento de agências, determinando que um funcionário administrativo seja responsável por duas e até três agências. “Para agravar ainda mais as condições de trabalho, o banco inglês exige metas inatingíveis, que provocam o adoecimento de funcionários”.

Rodada do dia 2

A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reuniram no último dia 2 com o HSBC, em São Paulo, para negociar a pauta específica, entregue no dia 19 de junho último. O banco inglês concordou em formalizar um aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que contemple conquistas já em vigor; entre elas, Comissão Paritária de Saúde, treinamentos durante a jornada de trabalho, adiantamento de férias entre duas e cinco parcelas, bolsa auxílio-educação, folga nas datas de aniversário e tempo de casa, e plano de saúde e odontológico, com mínimo de duas operadoras. No próximo dia 30, nova rodada de negociação.

Emprego

O HSBC não assegurou proteção nem garantias ao emprego, alegando que é uma medida que não tem neste momento condição alguma de atender. Entretanto, a instituição acenou com a possibilidade de iniciar alguma tratativa nos moldes do comitê de clientes para debater questões relativas às condições de trabalho e atendimento.

PPR

Em relação ao Programa de Participação nos Resultados (PPR), o HSBC solicitou que o assunto não fosse abordado na reunião, pois ainda não concluiu a análise do tema com o responsável pelo programa. O banco se comprometeu a agendar durante o mês de julho uma reunião específica para tratar da questão.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Campinas