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Os bancários fizeram um protestos ao final da tarde desta terça-feira (1º) em frente à agência do Santander, na Avenida Epitácio Pessoa contra a arrogância, prepotência e mesquinhez dos banqueiros, que ofereceram apenas a reposição da inflação sobre todas as verbas salariais e se retiraram das negociações. No 13º dia de paralisação, a greve literalmente pegou fogo na concentração que aconteceu por voltar das 17h.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, os bancários vão fazer outros protestos enquanto os banqueiros continuarem em silêncio. “Hoje a manifestação foi no Santander. Amanhã e quinta-feira, faremos protestos em outros bancos, principalmente em frente àqueles que estão buscando os Interditos Proibitórios em vez de negociar com os bancários”, avisou.

Greve dos bancários na Paraíba
A adesão à paralisação por tempo indeterminado permanece com índice de 91,85% de participação dos funcionários. O movimento grevista é mais intenso na em Joao Pessoa, com 96,67%, do que no interior, onde a adesão é de 82,22%.

A greve nacional iniciou no dia 19 e já são 13 dias de paralisação. A decisão partiu de assembleia realizada no dia 12 de setembro, quando foi rejeitada a proposta de reajuste de 6,1% feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A paralisação deve atingir cerca de 200 agências bancárias e 4 mil bancários em todo o estado.

Multas
O Ministério Público do Trabalho na Paraíba deu entrada nesta terça-feira (1º) em uma petição na Justiça pedindo a aplicação de uma multa de R$ 60 mil ao Sindicato dos Bancários do estado. O órgão afirma que os bancários não estão cumprido durante a greve, um acordo judicial celebrado em 31 de janeiro de 2012, em uma ação civil pública.

O acordo feito com o sindicato visa a garantia do abastecimento dos caixas eletrônicos e o atendimento do percentual mínimo estabelecido por lei quanto à compensação bancária.

O presidente Marcos Henriques estranhou a atitude da Procuradoria do Ministério Público do Trabalho, uma vez que os bancários não descumpriram nenhum item do acordo firmado no dia 31 de janeiro de 2012. “Nós respeitamos a Lei e não temos nenhuma intenção em prejudicar os clientes e usuários de serviços bancários. Entretanto, o mesmo não ocorre com os banqueiros, que lucram absurdos explorando funcionários e a sociedade e, mesmo assim, abandonou a via negocial, provocando a ira dos bancários e a deflagração da greve”, concluiu.