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Revoltados com a proposta pífia de aumento real de 0,97%, bancários decidem por continuidade da greve por tempo indeterminado
– Aproximadamente 300 bancários da base do Sindicato dos Bancários da Paraíba rejeitaram, por unanimidade, a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ao Comando Nacional, na negociação do dia 4, em São Paulo – SP, de reajuste de 7,1%, e deliberaram pela continuidade da greve por tempo indeterminado. Essa foi a decisão da categoria, na Assembleia Geral Extraordinária, realizada na noite desta segunda-feira, 7 de outubro, no auditório do SEEB – PB.

“Os bancários mostraram disposição, empenho e determinação para continuar a greve por tempo indeterminado. A proposta apresentada revoltou os trabalhadores, pois não atende sequer as questões econômicas e não contemplam Condições de Trabalho, Segurança, Fim das Metas Individuais, Contratação de mais Trabalhadores e Fim do Assédio Moral. Portanto, a luta continua!”, concluiu Marcos Henriques, presidente do SEEB – PB.

O Comando de Greve vai intensificar a mobilização e reforçar os piquetes de esclarecimento, estendendo-os até as 18h, para evitar que a greve seja furada em alguns setores.

A nova proposta dos bancos rejeitada pelos bancários

Reajuste: 7,1% (0,97% de aumento real).

Pisos: Reajuste de 7,5% (ganho real de 1,34%).
– Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.138,38.
– Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.632,93.
– Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.209,01 (que inclui R$ 391,13 de gratificação de caixa e R$ 184,95 de outras verbas).

PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.011,76.

PLR parcela adicional: 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).

Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 22,98 por dia.

Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 394,04.

13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 394,04.

Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 327,95 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 280,55 (para filhos até 83 meses)

Adiantamento emergencial – Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: SEEB – PB / Otávio Ivson