O Banco Central Europeu (BCE) está pronto para cortar os juros de novo se for necessário, disse ontem o presidente da instituição, Mario Draghi, em discurso em Roma. Em outro sinal da preocupação da autoridade monetária com a crise, Yves Mersch, membro do conselho executivo do BCE, disse, em Luxemburgo, que a instituição fará “tudo o que for necessário” para o euro sobreviver, ponderando, no entanto, que a política monetária tem limites.

Na última quinta, o BCE reduziu o juros pela primeira vez em dez meses para o piso histórico de 0,5% ao ano.

Olharemos os dados que chegarem da economia da zona do euro nas próximas semanas e, se necessário, vamos agir novamente – disse Draghi.

No discurso, feito na Livre Universidade Internacional dos Estudos Sociais G. Carli de Roma, Draghi disse ainda que o desemprego na Europa, em particular entre os jovens, alcançou níveis que “poderiam provocar protestos extremos e destrutivos”. Ele frisou a necessidade de “crescimento duradouro” para reduzir a falta de emprego.

Após a declaração, o euro caiu 0,5%, a US$1,3057, e as Bolsas europeias pararam de cair, informou a Bloomberg News.
União bancária é essencial

O BCE quer que os governos resolvam problemas de orçamento e de perda de competitividade na crise de dívida do bloco. A instituição deve “evitar um Armageddon” e dar fôlego a reformas, mas não substituí-las, disse Yves Mersch, alertando para “consequências adversas a longo prazo resultado a apoio de curto prazo”.

Novas turbulências não podem ser descartadas – disse.
Ele frisou que é essencial para a Europa completar a união bancária e adotar novas medidas para a união fiscal para complementar o papel da instituição.

Fonte: O Globo

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