O ICBC, por sua vez, tem planos de abrir cinco novas filiais na Europa e terminar o ano instalado em 21 países através de 108 filiais. Sua presença no Brasil pode encorajar os investidores chineses e asiáticos em geral a entrar mais decisivamente no Brasil e no resto da América Latina.
O ICBC tem ativos totais de US$ 1,430 trilhão e é o maior fornecedor de crédito na China. É controlado majoritariamente pelo governo chinês, mas um de seus acionistas minoritários é o banco americano Goldman Sachs, de triste reputação.
Quando uma autoridade chinesa fala, todo mundo presta atenção. E ontem não foi diferente no encontro dos banqueiros, em Viena. Jiang Jianqing foi apresentado à plateia sob uma saraivada de elogios por um dos dinossauros de Wall Street, William Rhodes, do Citibank, um dos poucos que alertou sem cessar em 2007 que o sistema financeiro estava indo contra o muro.
Em seu discurso em chinês, Jianqing insistiu que a recuperação da economia mundial está longe de ser sólida. Chamou atenção para vários fatores de incertezas e um longo caminho para se alcançar crescimento sustentável.
Para ele, "o maio risco no curto prazo é a crise da dívida soberana na Europa", e algumas economias avançadas não têm muito espaço de manobra em suas politicas". E alertou que uma saída laxista das medidas de estímulo fiscal pode causar uma "reversão de tendência na recuperação global".
Como a maioria dos banqueiros na plateia, Jianqing também se mostrou preocupado com a regulação bancária futura. Notou que os emergentes estão assumindo maior importância na economia global e aconselhou os outros países a tirarem lições da experiência de países em desenvolvimento.
Fonte: Bloomberg / Jerome Favre