O governo brasileiro tenta emplacar nas discussões sobre o Banco do Sul a possibilidade de concessão de empréstimo para empresas de forma direta ou por intermédio de outros bancos. O dinheiro seria utilizado para financiar custos que companhias terão em projetos a serem realizados fora do país de origem. A possibilidade não faz parte do desenho original da instituição. O objetivo do banco é estimular investimentos em infraestrutura e desenvolvimento sustentável.

Essa seria uma maneira de ajudar o BNDES na internacionalização das companhias brasileiras. Atualmente, o banco financia apenas despesas como equipamentos levados para o exterior, mas outros gastos “locais” não entram na conta. A ideia do governo é que o Banco do Sul conceda empréstimos para custear essas despesas contratadas no país em que o projeto está sendo realizado, focando ações de integração regional.

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, disse que num primeiro momento, os recursos do Banco do Sul serão liberados aos países que farão parte da instituição de fomento. A expectativa é que a instituição comece a operar no fim de 2014. Dos sete países que assinaram o acordo, Argentina, Uruguai, Bolívia, Venezuela e Equador já ratificaram a sua participação.

Apenas Brasil e Paraguai ainda não oficializaram a entrada. O aporte que cada país deverá fazer varia: Brasil, Argentina e Venezuela devem entrar com US$ 2 bilhões cada; Equador e Uruguai, com US$ 400 milhões cada; e Bolívia e Paraguai, com US$ 100 milhões cada.

Fonte: Valor Online