SÃO PAULO – Os bancos brasileiros passaram com louvor por um "teste de estresse" realizado pela Moody’s. A agência de classificação de risco considerou os balanços publicados em março por uma amostra de 37 instituições, incluindo as maiores em operação no país.

Segundo reportagem de Aguinaldo Novo na edição desta segunda-feira do jornal O GLOBO, dessa amostra, 25 continuaram a apresentar um índice de Basiléia – indicador de solvência dos bancos, resultado da relação entre o capital da instituição e o volume de empréstimos concedidos – acima de 11%, patamar mínimo exigido pelo Banco Central (BC). Mesmo no caso dos outros 12, o resultado foi positivo: eles terminaram com índices ainda acima dos 8% recomendados internacionalmente.

A reportagem explica que o que a Moody’s fez foi medir o comportamento desses bancos num cenário de mudança radical das condições econômicas. O "cenário extremo" traçado foi de perda de até 5% dos empréstimos e de queda da receita por quatro trimestres seguidos. Teste semelhante foi feito em maio pelo governo dos Estados Unidos – de onde surgiu o termo "teste de estresse" – e o resultado foi muito ruim: em caso de agravamento do quadro, com retração da economia de 3,3% este ano, desemprego de 10,3% e queda de 22% nos preços de imóveis, os 19 maiores bancos americanos terão perdas de US$ 600 bilhões em 2009 e 2010, o equivalente a 9,1% de sua carteira total de empréstimos.

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) determinou que, do total, dez instituições elevassem seu capital em US$ 74,6 bilhões.

Fonte: O Globo