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Funcionários também exigiram o fim do assédio moral no BB

A Fetrafi-RS e Sindicato dos Bancários de Porto Alegre promoveram ato público em frente ao prédio na Rua Uruguai, no centro da capital gaúcha, no início da tarde desta quinta-feira, dia 15. A manifestação denunciou o descumprimento da jornada de 6h, assédio moral e constrangimentos praticadas pelo banco em nome de uma política de gestão agressiva, focada estritamente nos interesses do mercado.

O movimento sindical cobra da direção do BB uma postura mais efetiva nas negociações específicas e a resolução de problemas que se arrastam há vários anos. Por outro lado, questiona as formas encontradas pela instituição para pressionar seus trabalhadores a atingirem metas ascendentes.

"As atitudes da direção do banco espelham a total falta de respeito com os funcionários. Muitos colegas não resistem à pressão constante e acabam sendo vítimas de doenças físicas ou psíquicas", observa o diretor da Fetrafi-RS, Ronaldo Zeni.

O dirigente também destaca a importância do respeito à jornada de trabalho. "Não podemos admitir o descumprimento de uma jornada assegurada através da própria CLT. O banco já perdeu diversas ações na Justiça do Trabalho por desrespeitar a jornada, mas continua a cometer o mesmo tipo de irregularidade de maneira sistemática", argumenta Ronaldo.

"Mais uma vez estamos aqui em frente ao Banco do Brasil para denunciar a falta de condições de trabalho. Não estamos pedindo mais do que o respeito aos direitos dos trabalhadores. O banco deveria estar olhando para o povo brasileiro e seus trabalhadores e não só para meia dúzia de acionistas. Já fomos até o Judiciário e continuaremos indo para defender os direitos dos trabalhadores se necessário", afirma o presidente do SindBancários, Mauro Salles Machado.

Assédio moral x condições de trabalho

As práticas de coação, constrangimentos e outras formas de desrespeito têm prejudicado as relações de trabalho no BB. Os sindicatos filiados à Fetrafi-RS têm encaminhado denúncias de situações vexatórias impostas por chefias do banco, que para atingir metas usam a criatividade de maneira muito destrutiva contra seus subordinados.

Caso recente, registrado na base do Sindicato dos Bancários de Santo Ângelo, virou destaque após os funcionários serem literalmente "corneteados" por colegas que fechavam negócios para a agência.

"São inúmeras as práticas que devem ser reavaliadas ou simplesmente abolidas pelo BB. Queremos um banco público responsável e voltado para o desenvolvimento do país. Infelizmente o Banco do Brasil se tornou um modelo negativo de exclusão bancária. Não adianta a instituição se concentrar apenas na venda de produtos, se dedicando quase de maneira exclusiva ao atendimento de clientes de alta renda", avalia o diretor da Fetrafi-RS.

Fonte: Fetrafi-RS e Seeb Porto Alegre

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