Crédito: Nando Neves/Seeb Rio de Janeiro
Nando Neves/Seeb Rio de Janeiro
No segundo dia da campanha nacional dos funcionários do HSBC, a truculência do banco foi o ponto forte da atividade no Rio. Em todo o país os funcionários fizeram um dia de luto contra a redução da PLR, com enterro simbólico do presidente do banco no Brasil, Conrado Engel.

Ao saber que na sexta-feira haveria novos protestos – antes os bancários do HSBC fizeram uma paralisação de 24 horas – a diretoria do banco "recomendou" que os funcionários trabalhassem com as camisas de seus times, para dissimular o luto. Além disso, contratou seguranças para reprimir os sindicalistas nas portas das agências.

Os bancários foram recebidos com agressividade e truculência na agência Rio Branco (av. Rio Branco) onde entraram, vestidos de preto, levando um caixão com a foto de Conrado Engel. Em outras agência também havia seguranças contratados.

"O banco acabou de divulgar o resultado do balanço do terceiro trimestre. De julho a setembro deste ano, o banco faturou R$1,7 bilhão. O banco tem dinheiro de sobra para pagar a PLR plena que merecemos, em vez disso contrata seguranças para reprimir manifestações pacíficas e legítimas dos funcionários", protesta o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio Wanderlei Souza.

No primeiro semestre deste ano, o |HSBC lucrou R$2,1 bilhões, mas para lançou R$1,9 bilhão para provisão de devedores duvidosos, com o que reduziu em 22,6% a PLR dos empregados. A campanha nacional pelo pagamento da PLR plena vai continuar.

Fonte: Seeb Rio de Janeiro

Bancários de Piracicaba retardam abertura do HSBC contra PLR manipulada


Crédito: Seeb Piracicaba
Seeb Piracicaba
Bancários da agência do HSBC em Piracicaba realizaram nesta sexta-feira, 30 de outubro, véspera do feriadão de finados, em todo país, um dia de preto, com uso de roupas escuras, numa manifestação de luto pelo pagamento da PLR manipulada. A manifestação começou por volta das 8h30, se estendendo até as 11 horas, retardando a abertura da agência ao atendimento ao público em uma hora.

A paralisação foi em resposta ao anúncio dos ingleses do HSBC, de que o banco seguirá a regra acordada com a Fenaban e aplicaria um redutor de 26,22% na primeira parcela da PLR, paga nesta semana. O presidente do Sindicato, José Antonio Fernandes Paiva, diz que os bancários exigem que o HSBC pague a PLR baseada no lucro de R$ 2,1 bilhões e não no balanço semestral, em que o banco subtraiu 90% dos ganhos. "Com esta manobra, o lucro do HSBC caiu no primeiro semestre do ano de R4 21, bilhões para R$ 250 milhões", diz.

Para os diretores do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, Altemir Tomaz de Jesus e Márcio Rodrigo Pinto, que também são funcionários do banco, "um lucro líquido de aproximadamente R$ 250 milhões, não reflete o empenho, o suor e o sangue de cada bancário para o atingimento de metas desumanas", ressaltam.

Durante a manifestação, os diretores do sindicato, Odair Balioni e Marcelo Abrahão, pediram a compreensão dos clientes para o retardamento na abertura da agência, explicando que o motivo da paralisação era mais do que justa. É que com a manobra do banco, os bancários do HSBC receberam como antecipação da PLR o valor de 39,84% do salário mais R$ 453,01 fixos, além de R$ 251,75 referentes à PLR Adicional (2% do lucro líquido distribuídos linearmente para todos os funcionários). Pela regra da Fenaban, o HSBC deveria pagar 90% do salário, mais R$ 1.024, além de um adicional de 2% do lucro líquido dividido igualmente entre os trabalhadores.

Paiva diz que "o banco afirma estar seguindo a regulamentação do Banco Central e ter justificativas para fazer o provisionamento que fez, mas tal montante é um exagero. Está claro para nós que o banco manipulou o lucro para reduzir a PLR dos bancários", destaca, ressaltando que o movimento sindical construiu um calendário de ações a serem implementadas, objetivando a reversão dessa postura espoliatória do HSBC. Caso o quadro não seja revertido, já adiantou que as paralisações podem ser ampliadas nos próximos dias.

Fonte: Vanderlei Zampaulo – Seeb Piracicaba

Bancários de MT vestem preto e denunciam descaso do HSBC


Crédito: Seeb MT
Seeb MT
Em luto contra a decisão do HSBC em oferecer aos bancários uma Participação nos Lucros e Resultados rebaixada, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso visitou as unidades da empresa na capital. vestidos de preto, o Seeb-MT denunciou aos clientes a desvalorização profissional e desrespeito a que os funcionários estão submetidos.

Apesar de lucrar R$ 2,1 bilhões, o HSBC insiste em reduzir em 26,22% a PLR dos bancários. Hoje, bancários de todo país manifestaram seu repúdio ao banco. Para driblar essa ação promovida pelos sindicatos, o HSBC "ordenou" aos funcionários que vestissem trajes coloridos nessa sexta-feira 30 para "quebrar" o movimento. Entretanto, o Seeb-MT não recuou diante dessa estratégia do banco.

Os diretores do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, trajados de preto, estiveram em todas as agências do HSBC de Cuiabá e Várzea Grande manifestando sua indignação junto aos clientes em relação a postura do Banco e dialogando com os bancários, que foram pressionados pela empresa a não aderir o movimento de hoje. Nesse contexto, o bancário é apenas uma vítima do HSBC. Ele vê seu emprego ameaçado, quando o Banco o obriga a escolher: ou você participa da ação do Banco ou participa da ação do Sindicato, mesmo que de forma implícita.

"O fato de eles decidirem de última hora fazer o dia do verde e amarelo é a prova de que o Banco não está levando os trabalhadores a sério e não mede esforços para enfraquecer a luta da categoria por aquilo que lhes é de direito. No entanto, o HSBC se engana ao acreditar que essa estratégia irá inibir o movimento contra o rebaixamento da PLR. Isso somente aumenta a revolta dos trabalhadores e de toda a categoria com o descaso do Banco", comenta o presidente do Seeb-MT, Arilson da Silva.

Na quarta-feira 28 mais de 200 agências do HSBC em todo o país estiveram fechadas em decorrência de protestos dos bancários. Em Mato Grosso, o Seeb-MT e funcionários cruzaram os braços paralisando por 24 horas a agência Premier/HSBC. A mobilização continua. Os bancários exigem que o HSBC mantenha seus direitos em relação à PLR e respeite a categoria bancária

Fonte: Seeb MT

Marcha Fúnebre marcou o protesto contra as manobras do HSBC no ABC


Crédito: Fábio Munhoz/Seeb ABC
Fábio Munhoz/Seeb ABC
Uma marcha fúnebre bem diferente e animada marcou o protesto dos funcionários do HSBC que realizaram, nas principais ruas do Centro de Santo André, no dia 30 de outubro, o funeral simbólico do presidente do banco no Brasil, Conrado Engel.

Com artistas da Arca (Associação Ribeirãopirenses dos Cidadãos Artistas) e com a Banda do Peru, o ato que teve início na rua Senador Flaquer e se encerrou em frente a agência do HSBC, na rua Xavier de Toledo, recebeu o apoio e manifestação da população e dos usuários do banco.

A categoria protesta contra as manobras contábeis do banco inglês, que tenta minimizar o pagamento da PLR (Participação dos Lucros e Resultados), repassando aos funcionários um redutor de 26,22% em sua primeira parcela. Foram realizadas manifestações semelhantes em todo o país.

"Os bancários exigem que o HSBC pague a PLR baseada no lucro de R$2,1 bilhões e não em cima de um balanço que o banco subtrai 90% dos ganhos", afirma o secretário de finanças do Sindicato e funcionário do banco HSBC, Belmiro Moreira.

"Essa manobra é vergonhosa, pois o banco considera todo o volume do dinheiro emprestado como ‘crédito duvidoso’. O luto significa a indignação de toda a categoria frente a esta desvalorização do trabalhador brasileiro", considera Belmiro.

Para o diretor do Sindicato e funcionário do HSBC, Renato Foresto o descaso do banco se estende também aos usuários da instituição. "Ao provisionar a maior parte de seu lucro, o banco esta sub-julgando que os brasileiros não vão honrar com seus compromissos em dia", explica Renato. "Se o presidente do banco afirmou, em festa no Caribe, que este ano ele só tem a comemorar, então porque não comemorar junto com os seus funcionários pagando uma PLR justa? Porque a entidade tenta se justificar dizendo que vai pagar a diferença somente em fevereiro de 2010? Se o ano foi tão bom assim, é fruto dos esforços dos bancários do HSBC e eles merecem ser reconhecidos", conclui.

Paralisação – Em todo o território nacional foi decretado, no dia 28 de outubro, estado de luto. Os trabalhadores do HSBC cruzaram os braços em protesto e indignação com a postura da instituição. Na região do ABC a mobilização foi maciça, com 100% das agências fechadas, totalizando a adesão de 95% dos funcionários.

"Os bancários do HSBC merecem parabéns pelo sucesso da mobilização em toda a região. A mobilização continua, pois para atingirmos o objetivo, os trabalhadores devem fortalecer o espírito de união e luta", enfatiza Belmiro.

Festa no Caribe – O desrespeito do banco para com os seus funcionários causa indignação aos bancários do HSBC. As críticas seguem ainda mais constantes uma vez que se tornou público o fato de o presidente do HSBC, Conrado Engel, ser um dos anfitriões de um jantar num resort de luxo na República Dominicana para personalidades do meio artístico e político. Segundo a revista Caras de outubro, Conrado afirmou em seu discurso que "se o cenários era de crise, há um ano, hoje só há motivos para comemorar".

Fonte: Seeb ABC

Bancários de Curitiba montam velório e protestam contra arbitrariedades do HSBC


Crédito: Seeb Curitiba
Seeb Curitiba
Os trabalhadores bancários no HSBC anteciparam o Dia de Finados e realizaram no começo da tarde desta sexta-feira, 30 de outubro, um velório em frente ao Palácio Avenida. Foi mais um ato da jornada de luta por mais respeito, valorização dos trabalhadores e por uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) digna.

Vestidos de preto, os dirigentes fizeram discursos explicando os motivos para realização do ato e entraram na agência Palácio Avenida com as flores e caixões, mesmo enfrentando a resistência dos seguranças. No final do protesto, encerraram o funeral queimando os caixões.

"O protesto foi contra a postura desleal e arbitrária adotada pela direção do HSBC. Não podemos admitir que ajustes contábeis feitos pelo banco prejudiquem a distribuição justa dos lucros aos bancários", enfatizam os dirigentes sindicais.

Os representantes dos bancários destacaram que a insatisfação está aumentando no HSBC e que a redução da PLR está sendo a "gota d’água". O valor pago pelo banco não reflete o esforço dos bancários, mesmo assim, o banco não está demonstrando vontade de rever seu posicionamento. Os dirigentes salientaram que estão recebendo constantes denúncias dos bancários e mensagens de apoio aos protestos. Nas mais recentes reclamações, os trabalhadores relataram que estão sendo convocados por seus gestores a atingir as metas, como se eles fossem responsáveis pela "queda do faturamento" do banco e, por consequência, culpados pela "péssima PLR paga".

"Estamos realizando o velório da falta de transparência, da ausência de diálogo e vontade de negociar e da metodologia nefasta adotada pelo departamento de Recursos Humanos do HSBC", afirmou Marco Aurélio Cruz, dirigente sindical e trabalhador no HSBC.

Carlos Kanak, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do HSBC, lembrou que o presidente do HSBC Conrado Engel retirou o blog da presidência do ar devido a grande quantidade de críticas que recebeu após o banco ter "lesado" o bolso dos trabalhadores pagando um valor muito reduzido de PLR.

O bancário Edílson José Gabriel, do Sindicato dos Bancários de Umuarama, que esteve presente ao ato, comentou que se tratava de um velório diferente. "Estamos chorando não pelos que se foram, mas pelos que ficam. Os trabalhadores que atuam no HSBC estão indignados. Afinal, quem aceita trabalhar cada vez mais e ganhar cada vez menos?", questionou aos curitibanos que estavam acompanhando ao ato. O dirigente sindical lembrou que a população ao ver os bancários do HSBC sempre muito bem arrumados, de terno e gravata, trabalhando com o ar condicionado ligado, imaginam que estes funcionários são muito bem pagos. Edílson José Gabriel destacou que, infelizmente, isto não é verdade. O bancário do HSBC é um dos que recebe pior remuneração no setor bancário.

Lembrando as exorbitantes taxas de juros cobradas pelo banco inglês e a postura de exploração adotada pelo HSBC no país, a dirigente sindical Sonia Boz, bancária na Caixa, destacou que atuação da empresa está sendo de "pilhagem". "O HSBC, banco que faz o show de Natal com crianças carentes no Palácio Avenida, vendendo a sua responsabilidade social não tem esta postura com seus trabalhadores. O banco inglês explora os brasileiros visando apenas enviar mais lucros para sua matriz", afirmou.

Motivos – Após a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho 2009-2010, que garante a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 90% do salário, mais parcela fixa de R$ 1.024, além do adicional de 2% do lucro líquido distribuído linearmente entre todos os bancários, o HSBC apresentou um balanço do primeiro semestre absurdamente reduzido. O lucro real de R$2,1 bi foi alterado para apenas R$ 250 mi, valor tomado como base para o cálculo do adiantamento da PLR.

De acordo com a justificativa do banco, a redução se deve ao provisionamento de R$ 1,9 mi para possíveis gastos com devedores duvidosos que, por sua vez, foi realizado em virtude da crise econômica, quando todas as instituições financeiras sofreram fortes impactos, que exigiram maiores níveis de provisionamento. No entanto, se forem comparado os números de 2008 e 2009, fica claro que o volume de dinheiro emprestado pelo HSBC neste ano subiu apenas 4,59%, enquanto a provisão cresceu exagerados 87,85%. É esta postura desleal que esta causando indignação e revolta entre os trabalhadores.

Fonte: Patrícia Meyer – Seeb Curitiba

Bancários do HSBC usam luto para cobrar PLR plena na véspera de Finados


Crédito: Seeb Curitiba
Seeb Curitiba
Os bancários do HSBC realizaram nesta sexta-feira, 30, véspera do feriadão de finados, dia de luto em todo país contra a manipulação na Participação dos Lucros e Resultados (PLR), que reduziu drasticamente o valor pago aos trabalhadores. Em várias cidades, foi feito o enterro simbólico do banco e ou de seu presidente no Brasil, Conrado Engel.

Aconteceram manifestações em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Piracicaba ABC paulista e Santos, entre outros locais. Além das atividades, os dirigentes sindicais distribuíram carta-aberta à população explicando os motivos da manifestação (veja aqui).

Esses protestos reforçam as paralisações de dezenas de agências ocorridas na quarta-feira, dia 28, em todo país. Além da melhoria na PLR, os bancários exigem a valorização dos funcionários, mais contratações e redução dos juros e tarifas.

"Os trabalhadores participaram das manifestações e mostraram sua indignação com a falta de respeito que o banco inglês demonstrou ao manipular a PLR dos bancários", afirma Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT e funcionário do HSBC. "De nada adiantou a pressão feita pela empresa", acrescenta.

Nesta quinta-feira, o HSBC resolveu pressionar os seus funcionários para que não aderissem ao dia nacional de luto com o uso de roupas pretas. O banco fez nessa quinta-feira 29 teleconferência e soltou mensagens, mandando os superintendentes e gerentes intimidarem os trabalhadores para vestirem roupas com as cores da bandeira ou do seu time de futebol, além de enfeitar as agências com balões verdes e amarelos. Muitos bancários entraram noite adentro para encher os balões.

Entenda o golpe do HSBC

O HSBC divulgou recentemente balanço apontando lucro de R$ 2,1 bilhões no primeiro semestre. Entretanto, em uma manobra contábil, reduziu desse volume R$ 1,9 bilhão, montante que estaria provisionado para despesas que possam vir a ocorrer. Assim, o lucro líquido caiu para R$ 249,761 milhões.

Chama a atenção que acionistas e executivos do HSBC estão recebendo seus dividendos de acordo com os R$ 2,1 bilhões, enquanto que a PLR dos bancários tem como base o menor lucro divulgado pelo banco.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários fazem enterro simbólico do HSBC no dia de luto em São Paulo


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São Paulo
Bancários do HSBC mostraram indignação com a PLR reduzida pela direção do banco em protestos simultâneos realizados na sexta-feira 30 no Casp, Tower e CAM, em São Paulo. A instituição, que divulgou lucro semestral de R$ 249,7 milhões, provisionou inexplicáveis R$ 1,9 bilhão no período. A exclusão deste valor do balanço significou redução de 26,22% na primeira parcela da PLR dos bancários.

Os trabalhadores vestiram roupas pretas, em luto diante da postura do banco e fizeram um enterro simbólico da PLR, com a presença de um padre e caixão. Lord Exploration, um dos personagens da Campanha Nacional deste ano, também participou da atividade. Na quarta-feira 28 os bancários já haviam paralisado por duas horas cerca de 16 agências na região da Grande São Paulo.

O funcionário do HSBC e diretor do Sindicato Valdir Fernandes, o Tafarel, lembra que a revolta tem outras razões. "Além dessa demonstração de desrespeito pelos bancários com a PLR, na primeira quinzena de outubro o HSBC bancou para colunáveis um evento milionário num resort de luxo na República Dominicana. O questionamento é: para bancar festinhas de luxo no Caribe tem dinheiro, mas para pagar PLR justa não tem?" No evento, que teve cobertura de revistas de fofoca como a Caras, o presidente do banco, Conrado Engel, declarou que o momento, após a turbulência internacional, é "para se comemorar".

Números

No primeiro semestre desse ano o volume de dinheiro emprestado pelo HSBC subiu de R$ 38,3 bilhões para R$ 40 bilhões, crescimento de 4,59% em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, o provisionamento para perdas subiu 87,85%, de R$ 866,7 milhões para R$ 1,9 bilhão, algo questionado por todos os trabalhadores.

13ª Cesta

O RH do banco informou, no final da tarde dessa sexta 30 que depositaria no mesmo dia o valor da 13ª cesta-alimentação, conquista garantida na Campanha Nacional de 2008. Normalmente o banco faz o depósito na data-limite, 30 de novembro.

"Indignado"

Após diversas mensagens postadas no blog do presidente da instituição, Conrado Engel, por funcionários revoltados com a redução da PLR o superintendente executivo Alcides Ferreira escreveu mensagem no canal dizendo-se "indignado com todos aqueles que de alguma forma colocaram em dúvida a integridade, lisura e ética" da direção do banco, o que pode "difamar" a imagem do HSBC.

"É um discurso vazio, cheio de palavras fortes, mas sem explicar as razões do provisionamento de R$ 1,9 bilhão, que é o grande culpado pelo lucro baixo", afirma a diretora do Sindicato Liliane Fiúza. "No final da mensagem, Ferreira escreve que ‘o lucro pequeno não é bom para ninguém’, mas não é bem assim. Afinal de contas, os dividendos para acionistas e executivos são pagos sobre o lucro total, de R$ 2,1 bi, enquanto a PLR é calculada sobre os R$ 250 milhões. Então o lucro rebaixado está sendo muito mais prejudicial para os bancários", explica.

Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb São Paulo

HSBC despreza negociação com bancários e provoca confronto no Rio


Crédito: Feeb RJ/ES
Feeb RJ/ES
O Dia do Luto no HSBC, nesta sexta-feira, dia 30, teve algumas ocorrências desagradáveis na base da Federação dos Bancários do RJ/ES. O banco não concorda em negociar a revisão dos valores de PLR e tem levado o movimento sindical a realizar uma série de atividades em protesto contra a PLR rebaixada.

No Rio, o sindicato, com apoio da Cia. de Emergência Teatral, fez uma manifestação com o enterro do presidente do banco, Conrado Engel, no hall eletrônico da agência Rio Branco, no centro financeiro da cidade. Tudo ia bem até que um funcionário do departamento de segurança do banco, sozinho, tentou tirar o caixão da agência, confrontando os manifestantes.

Houve confusão e empurra-empurra até que o funcionário foi conduzido para fora da agência por um dirigente, para evitar a pancadaria. "Ele deve ter sido muito pressionado por seus superiores para agir assim. Ninguém, em sã consciência, toma uma atitude dessas, sozinho. Devem ter ameaçado até demiti-lo se ele não fizesse alguma coisa para acabar com a manifestação", especula Vinícius Codeço, diretor da Federação e funcionário do HSBC, que estava no local no momento do confronto.

Em Niterói, houve manifestação em frente à agência Centro Niterói, com marcha fúnebre tocada ao vivo por uma bandinha, caixão com enterro simbólico do presidente do banco, faixa preta na entrada, denunciando o calote da PLR. A atividade contou também com um personagem, o Zé Caveirinha, o bancário explorado.

Foi feita também a distribuição do doce pé-de-moleque, simbolizando a molecagem do banco, que manipulou o balanço para reduzir o valor da PLR dos funcionários, mas remunerou os acionistas e a alta direção com base no lucro cheio. Os dirigentes do sindicato discursaram no interior da unidade, atraindo a atenção de todos os bancários e dos clientes.

As atividades desta sexta-feira foram definidas em reunião da Comissão de Empresa do HSBC, que orientou os sindicatos a fazerem uma série de movimentações em protesto contra a PLR rebaixada. "Foi acertado definir um calendário sistemático e contínuo de atividades, pois, só assim, conseguiremos derrotar a intransigência do banco, vencendo pelo cansaço", avalia Rubens Branquinho, representante da Federação na COE. O dirigente orienta os sindicatos filiados a manterem a mobilização até que se consiga arrancar uma proposta de PLR mais justa para os funcionários do HSBC. "Semana que vem tem mais", anuncia Branquinho.

Bola fora

O banco, sabendo da programação do Dia de Luto dos bancários, pressionou seus empregados a não aderirem à manifestação. Em teleconferência, os executivos orientaram os gestores das unidades a determinarem que seus subordinados deveriam usar roupas com as cores da bandeira brasileira ou de seu time de futebol, como já acontece eventualmente. No Rio de Janeiro, alguns bancários, torcedores do Botafogo, driblaram o assédio moral do banco de maneira criativa: usaram as camisas do uniforme nº 2 do time, que são pretas.

Blefe não cola

Na quarta-feira, dia 28, o Seeb Rio seguiu a orientação da COE e fechou diversas agências do banco por 24 horas. A unidade localizada dentro do Shopping Rio Sul, um dos maiores e mais tradicionais da cidade, foi fechada pela segunda vez em sua história. Mas não foi fácil. O dirigente da Federação Vinícius Codeço esteve no local coordenando a atividade e teve que enfrentar a segurança do shopping e a PM, e por pouco não acabou preso. "O HSBC tem que obedecer a uma norma do Rio Sul que diz que, se houver manifestação na agência, o banco terá que pagar uma multa ao condomínio", esclarece o dirigente.

Com a paralisação em curso, a segurança do shopping chamou a PM. O policial, o representante da segurança do condomínio, o gerente geral da agência e o dirigente sindical se retiraram para uma sala para negociar. O gestor da unidade informou que tinha um interdito proibitório que impedia as manifestações e o dirigente pediu para ver o documento.

Em seguida, Codeço fez um acordo com a PM: a agência seria aberta por 45 minutos e, ao fim deste prazo, o gerente teria que mostrar a liminar de interdito. Se isso não acontecesse, a agência seria novamente fechada. Como não havia nenhum documento da Justiça, a unidade voltou a suspender o atendimento, ficando assim até o fim do expediente bancário.

Fonte: Feeb RJ/ES

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *