Bancários se reuniram com secretário adjunto de Segurança Pública do RS

O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, a Fetrafi-RS e a Contraf-CUT foram recebidos na tarde de quarta-feira, dia 29, em audiência pelo secretário adjunto da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, Juarez Pinheiro, em Porto Alegre, para discutir as demandas da categoria na área de prevenção contra ataques a bancos. As entidades apresentaram a proposta de criação de uma legislação estadual para o setor bancário.

Participaram o presidente do SindBancários, Mauro Salles, o diretor do Sindicato e da Fetrafi-RS, Lucio Mauro Paz, e o secretário de Imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. Também participou o Major Souto, do RS na Paz.

Os bancários relataram a preocupação com o aumento dos assaltos e a gravidade dos ataques em 2012. O mês de fevereiro registrou seis ocorrências, sendo uma com agressão a uma bancária (Itaú) e outra com bancários e clientes feitos de reféns (Bradesco), ambas na capital.

O secretário, que está substituindo Airton Michels, garantiu a presença dos bancários na reunião do dia 7 de março, a partir das 9h, do Gabinete de Gestão Integrada da Segurança Pública no Estado do Rio Grande do Sul (GGI/RS), órgão deliberativo, consultivo e executivo, que tem como função estimular o desenvolvimento de projetos para a segurança pública.

Na proposta de uma legislação estadual feita nesta quarta pelo SindBancários constam reivindicações como a instalação de portas de segurança, câmeras internas e externas, vidros blindados nas fachadas , biombos em frente aos caixas e divisórias individualizadas para impossibilitar que o cliente seja observado durante sua operação.

"Porto Alegre é um exemplo, uma vez que a mobilização dos bancários conseguiu aprovar e tornar essas propostas em leis municipais. Também vamos cobrar dos bancos sua responsabilidade no pós-assalto. Muitos colegas sofrem traumas psicológicos e não recebem a devida atenção", afirmou Mauro Salles.

"O Estado está ouvindo os bancários para que possa ser indutor no sentido de fazer com que essas demandas sejam implantadas. A questão não é apenas da categoria, mas para proteger a vida de bancários, clientes e demais usuários do sistema financeiro", avaliou Juarez Pinheiro.

Mauro Salles considerou o encontro bastante positivo, uma vez que o debate será levado para outras instâncias. "A composição do GGI vai além da esfera do Governo, podendo contribuir para medidas concretas na área de segurança. Também queremos um fórum contínuo sobre o tema com o Estado e a sociedade. Não podemos discutir a segurança apenas quando temos ocorrências de grande repercussão como foi o assalto ao Bradesco da Azenha", completou o presidente do Sindicato.

Fonte: Contraf-Cut