Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São Paulo
Trabalhadores usaram bom humor para mostrar reivindicações

A Campanha Nacional dos Bancários chegou ao maior centro financeiro do país. A Avenida Paulista transformou-se em palco da categoria, nesta sexta-feira, dia 19, que levou as reivindicações ao conhecimento da sociedade.

Os trabalhadores que se concentraram em frente à sede do Safra, no final da Avenida, seguiram até o vão livre do Masp e chamaram a atenção da população com as manifestações sob o mote Bancário Não é Máquina.

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O lançamento na Paulista seguiu o protocolo do que aconteceu no centro de São Paulo e Osasco, na última semana. Estátuas vivas simulavam movimentos robóticos do dia-a-dia do bancário, que é cheio de pressão. Para animar a caminhada, o som do maracatu do grupo Pombas Urbanas.

Uma bancária do Itaú disse que se identificou com o mote da campanha. "É exatamente assim que a gente se sente, como máquina", afirmou.

A campanha foi elogiada por uma funcionária terceirizada da Caixa. "Essa mensagem também serve pra gente. A cobrança é igual à dos bancários, porém, os direitos não. Eu gostei. Poderia usar o mesmo mote: Terceirizado também não é máquina", ironizou.

Um outro funcionário do Itaú deu exemplo de como o mote caiu bem para sua realidade. "Eu sou chefe de serviço na agência, mas tenho de abrir caixa para atender os clientes. E não pense que porque estou no atendimento posso deixar de cumprir as tarefas de chefe de serviço. Tenho de fazer os dois. Foi uma boa sacada esse mote", elogiou.

Cliente

A vendedora Conceição Aparecida, que passava pela avenida Paulista durante o lançamento da campanha, parou para assistir a apresentação dos bancários em frente ao Bradesco Prime. "Eu consigo entender essa realidade do bancário. Achei interessante essa fantasia da caixa de remédio tarja preta. A pressão é tanta para buscar o lucro a qualquer custo, que não é exagero dizer que o funcionário acabava virando um escravo do sistema."

A secretária-geral do Sindicato Raquel Kacelnikas ressaltou que a campanha foi pensada para dialogar com clientes, além dos bancários. "O público da nossa campanha é também o cliente. Ele precisa saber que as altas taxas cobradas pelos bancos não estão sendo revertidas para melhorar as condições de trabalho. Os bancários reivindicam parte do lucro que ajudaram a construir."

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Porto Alegre

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