Em mais uma demonstração de descaso com a saúde de seus funcionários, o Bradesco demitiu um trabalhador com mais de vinte anos de empresa. Pior, o funcionário tinha falta de memória e de concentração, seqüelas de um grave acidente automobilístico, que o deixou em estado de coma por um período.

"Após o acidente, o bancário ficou afastado por sete anos e havia retornado ao trabalho há quatro anos, portanto a direção da área de Contadoria conhecia bem a situação dele. Apesar disso, em vez de ajudar, encaminhando-o para tratamento médico e afastamento, o banco preferiu a demissão", denuncia o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Marcelo Defani.

Segundo o dirigente, o médico pessoal do bancário chegou a enviar carta ao Recursos Humanos do Bradesco, informando as condições de saúde do funcionário. "O Sindicato também reivindicou do RH o cancelamento da demissão, mas a posição do banco foi manter a dispensa. Faltam três anos para o bancário atingir o tempo necessário para a aposentadoria. Ele confiou na empresa e ganhou o descaso quando mais precisava do Bradesco. Agora, serão tomadas as medidas jurídicas cabíveis", diz Defani.

"A responsabilidade social do Bradesco não passa pelas provas práticas do dia-a-dia, o que impera é o desinteresse pela vida dos funcionários, assédio moral e outras barbaridades. O discurso é bonito, mas somente nos informes publicitários e no marketing interno", conclui.

Fonte: Jair Rosa – Seeb São Paulo