O maior banco da América Latina, a Caixa Econômica Federal tem um histórico de mulheres à frente da presidência. Por quatro vezes, funcionárias de carreira chegaram a conquistar o cargo. Miriam Belchior, Maria Fernanda Ramos Coelho, Daniella Marques, ocuparam ao longo das últimas décadas o posto mais alto da instituição, e recentemente, Rita Serrano foi empossada no mesmo dia do aniversário de 162 anos do banco, na última quinta-feira (12).

Maria Fernanda Ramos Coelho assumiu a presidência em março de 2006. Funcionária da Caixa desde 1984, sua gestão se destacou pela condução do programa Minha Casa, Minha Vida. Ela deixou o cargo em 2011, quando recebeu um convite da então ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que também foi presidente da Caixa, para assumir a diretoria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington.

Atualmente, Maria Fernanda é secretária-executiva da Presidência. E, desde dezembro de 2022, segue na luta por melhorias na Caixa, uma vez que entregou ao atual presidente da República, Lula, um documento com 12 mudanças nas diretrizes da Caixa.

Já Rita Serrano que sucedeu Daniela Marques, é empregada da Caixa Econômica Federal desde 1989, e ocupou os mais diversos cargos da instituição. Em 2017, foi eleita pela primeira vez pelos empregados da Caixa para o Conselho de Administração (CA), sendo reeleita em 2022.

Em sua posse, reafirmou seu compromisso com o banco e enfatizou que a gestão do medo e do assédio, comandada pelo ex-presidente Pedro Guimarães, acabou. O mesmo segue sendo investigado pelos diversos casos de assédio moral e sexual contra as funcionárias da estatal. O mandato da atual presidente marca o início de uma nova gestão.

De acordo com a diretora do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Silvana Ramalho, Rita Serrano sempre esteve em defesa de melhores condições de trabalho e do papel social do banco. “Sua conquista na presidência é consequência de sua atuação marcante na defesa da centenária empresa pública e na luta em defesa dos direitos dos empregados. Temos a segurança de saber que o banco com Rita na presidência será fortalecido e ajudará o país a trilhar o caminho do desenvolvimento com menos desigualdades sociais. Sabemos que uma das premissas de seu trabalho como presidente do banco será o investimento nas políticas públicas que tanto são urgentes em nosso país. Ela entende como ninguém as necessidades da empresa e de seu papel social”, avaliou.