O contrato do Banco Postal é o maior para correspondentes bancários no país. Pelas agências dos correios, o vencedor do edital ganha capilaridade para estar presente em 5.266 municípios do país. Neste ano, as regras para correspondente foram atualizadas pelo Banco Central, permitindo que eles passassem a operar também com câmbio, tendo em vista a demanda pela conversão de moedas na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada de 2016.
A Caixa, porém, já tem posição privilegiada no mercado de correspondentes bancários, porque usa como esse canal as mais de 10 mil casas lotéricas do país. Até o ano passado, do total de operações bancárias feitas pessoalmente, 72% ocorriam nas lotéricas, que correspondiam a mais de 40% de todo o volume transacionado na Caixa Econômica.
Condições não devem mudar
Segundo Bernardo, o prazo previsto para o leilão, em junho, não deverá ser prorrogado e não sofrerá grandes alterações. Alguns bancos sugeriram que o Bradesco teria vantagens pelo edital proposto por ter previsões e já acumular receitas com o negócio. Segundo o ministro, porém, nada muda. "Vai ter concorrência normalmente. Quem ganhar vai ser quem fizer a maior proposta de pagamento inicial."
O ministro espera, porém, que a receita para os Correios por conta do Banco Postal, de R$ 350 milhões ao ano atualmente, cresça por conta do aumento de receitas com operações financeiras nas agências. Uma das ideias para incrementar o negócio é permitir ao vencedor distribuir cartões de crédito pelo Banco Postal. "O preço será o mesmo, mas, se o movimento for maior, provavelmente a remuneração dos Correios vai subir", diz Bernardo.
Fonte: Danilo Fariello e Andréia Sadi – iG