"A gente sentiu que realmente tem mercado de varejo, ainda que o produto não seja totalmente compreendido por todo mundo", disse. O vice-presidente da insituição bancária contou que boa parte das dúvidas surge da forma de remuneração, que é mensal, composta em parte pelo juros recebidos, e por uma parte do principal, sem que haja nenhum pagamento ao final do período.
A expectativa de Percival é de que a colocação de R$ 300 milhões no mercado tenha parâmetros parecidos com a emissão do ano passado, mas "provavelmente" a uma taxa mais baixa. Na ocasião, o custo da emissão foi de TR mais 10% de juros. "Esse cenário de queda da taxa de juros é importante para desenvolver o mercado de securitização, quando o produto se torna muito rentável. E como esse é um cenário que está se mostrando consistente no Brasil, provavelmente o mercado de securities vai se desenvolver", acredita.
Percival sabe, entretanto, que em mercados de títulos privados, a liquidez do mercado secundário ainda é bastante reduzida no Brasil. Por isso, a Caixa garantiu na emissão passada, e deverá garantir na próxima, a compra de parte dos títulos para quem quiser negociar antes do vencimento.
Caso a receptividade da nova emissão seja boa, a Caixa poderá fazer mais uma emissão de R$ 300 milhões. "A gente acha que a curto prazo consegue vender os R$ 300 milhões. Vamos continuar analisando o mercado. Se de repente vendermos rápido, podemos fazer mais R$ 300 milhões. Não temos nenhum limite, temos capacidade de colocação de CRI no mercado muito ampla, porque a quantidade de carteiras originadas no crédito imobiliário é altíssima. Então vamos continuar trabalhando", informou o vice-presidente da Caixa. (JE)
Fonte: Valor Econômico