Os vigilantes de banco do Paraná estão em greve desde terça-feira (1º). De acordo com o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, 14 mil trabalhadores, que correspondem a 70% da categoria, pararam os serviços.

Com a greve, 1.023 agências bancárias estão fechadas em todo o Estado, segundo o Sindicato dos Vigilantes. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) ainda não realizaram balanço sobre os bancos fechados.

Segundo a lei federal 7.102/83, as agências bancárias não podem funcionar sem a presença de, no mínimo, dois vigilantes. Em todo o Paraná são 1.337 agências bancárias e 344 só em Curitiba.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias, disse que as agências podem abrir apenas para os funcionários dos bancos. Mas que não pode haver qualquer tipo de transação interna em dinheiro, por não ter vigilância. Os caixas eletrônicos fora dos bancos, em lojas de conveniência, shoppings e mercados, serão reabastecidos normalmente.

Na tarde de terça-feira, os grevistas fizeram manifestação em frente às agências bancárias. Em Cascavel, no oeste do Estado, a polícia foi chamada para evitar tumulto. Como alguns trabalhadores não aderiram à greve, ainda há agências abertas.

As principais reivindicações da categoria são o aumento de 5% mais a reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no piso salarial, elevação de 5% no adicional de risco de vida (totalizando 15%) e aumento no vale-refeição de R$ 12 para R$ 15.

Em reunião com os empresários e vigilantes, o Ministério Público do Trabalho propôs reajuste de 7% sobre o piso salarial, aumento no vale alimentação de R$ 12 para R$ 14 e adicional de risco de 13%. Mas os empresários mantêm a posição de aumento apenas baseado no INPC.

A greve será mantida por tempo indeterminado, segundo o Sindicato dos Vigilantes.

Fonte: Globo.com