O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil, realiza na próxima segunda-feira, dia 10, a terceira rodada de negociação com a direção do BNB, em Fortaleza. O banco prometeu apresentar uma proposta global para as demandas específicas dos trabalhadores.

Para o vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos de Souza, a expectativa é que as reivindicações sejam plenamente atendidas e resolvidas, com destaque para remuneração, saúde, previdência e condições de trabalho. Além disso, ele ressalta o momento histórico que o funcionalismo atravessa com o compromisso assumido pelo BNB em seguir a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a ser assinada com a Fenaban.

"Construímos um bom debate com o banco e destacamos a importância para a categoria em assinar a CCT, uma vez que a empresa já segue o que é assinado pela Fenaban há algum tempo. "São mais de 6 mil funcionários do BNB que irão ampliar a unidade nacional com a assinatura do instrumento que completa 20 anos neste ano", afirma o dirigente sindical.

Na última negociação, o Comando Nacional cobrou do BNB uma resposta quanto ao cumprimento do termo de ajuste que prevê a substituição de terceirizados. O banco informou que na última semana promoveu o desligamento de 420 terceirizados, sendo 380 da Direção Geral e 40 de outras unidades. Foi informado também que a intenção do BNB é substituir mais 545 terceirizados com as convocações de aprovados no último concurso, feito em 2010.

Quanto ao Plano de Cargos e Remuneração (PCR), os bancários cobraram uma posição quanto ao projeto que foi apresentado ao DEST (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais). O banco informou que o departamento havia devolvido o projeto por entender que, naquele momento, o PCR estava implantado e não seria mais discutido. Entretanto, com a nova diretoria do BNB, o momento é outro e o banco deve voltar a apresentar o projeto ao órgão em breve.

O Comando Nacional reivindica ainda que, além da regra da PLR a ser negociada com a Fenaban, o banco reserve mais 5% do seu lucro líquido para o pagamento de PLR Social aos seus funcionários. Ademais, os bancários solicitam a anistia do empréstimo/concessão dado aos funcionários a título de PLR, já que o lucro do banco não foi suficiente para honrar o pagamento do benefício.

"Esperamos que os bancários do BNB façam uma campanha vitoriosa com a categoria e que o banco solucione os problemas apresentados pelo funcionalismo na mesa de negociação específica", conclui Carlos.

Fonte: Contraf-CUT