Milhares de manifestantes protestam em todo Brasil

A CUT e a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) divulgaram nesta quarta e quinta-feira, dias 19 e 20, posicionamentos reforçando a convocação das mobilizações populares e a importância da participação nas atividades em todo Brasil.

Veja abaixo a íntegra das notas da CUT e da CMS:

CUT

Considerando que sempre estivemos ao lado dos trabalhadores/as e dos movimentos sociais, a Executiva Nacional da CUT orienta:

1 – Devemos participar das atividades em todo o Brasil, contribuindo de forma organizada, com nossas reivindicações históricas, como a Plataforma de Reivindicações da Classe Trabalhadora, evitando qualquer depredação ou saque e valorizando a mobilização;

2 – É importante que a militância se identifique como CUTista, usando camisetas da CUT, bonés e faixas, sem criar constrangimento para outros movimentos;

3 – Nossa solidariedade ao movimento é fundamental e devemos explicitar isso, por exemplo, levando faixas de solidariedade e colocando nossa infraestrutura à disposição;

4 – Devemos, mais uma vez, valorizar também as negociações com os representantes dos governos municipais, estaduais e federal;

5 – Finalmente reforçamos que devemos evitar qualquer tipo de conflito. O movimento deve continuar pacífico;

A CUT teve papel fundamental na redemocratização do Brasil, na luta dos trabalhadores/as do campo e da cidade, na luta por anistia e pela democratização dos meios de comunicação.

A CUT continua tendo papel fundamental na organização e representação da classe trabalhadora e ao longo destes 30 anos de existência, muita coisa evoluiu no Brasil, mas muita coisa precisa melhorar. É preciso ouvir o clamor do povo.

São Paulo, 20 de Junho de 2013.

Vagner Feitas
Presidente Nacional da CUT

Sergio Nobre
Secretário-Geral Nacional da CUT

CMS

Reunida em São Paulo, na manhã desta quarta-feira (19), a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), articulação que congrega dezenas de entidades nacionais, manifesta o seu mais veemente apoio às mobilizações em curso.

As recentes conquistas de redução dos valores das passagens potencializa a luta por mais investimentos e maior qualidade no transporte público. Ao mesmo tempo, esta vitória da unidade e da mobilização popular coloca a necessidade de que o movimento assuma pautas mais amplas.

A intervenção dos grandes conglomerados de comunicação tentando criminalizar o movimento, incentivando num primeiro momento a violência e a repressão e, posteriormente, tentando manipular em prol da agenda das elites historicamente beneficiadas pela adoção de políticas neoliberais e privatistas, deve ser respondida com a defesa da democratização da mídia.

Ao contrário da pluralidade e diversidade possibilitadas pelas mídias sociais, o controle de meia dúzia de famílias sobre o conteúdo do que é divulgado pelas emissoras de rádio e televisão, jornais e revistas, significa a sua partidarização pelo capital, que censura, desinforma e perverte a informação. Os últimos acontecimentos reforçam a defesa de uma reforma democrática da comunicação que combata o monopólio e assegure a complementaridade dos sistemas público, privado e estatal.

Da mesma forma, entendemos que as ruas transmitem uma mensagem: a de que é necessário aprofundar as mudanças, em vez de retroceder com políticas como o aumento de juros, privatizações e concessões. São necessárias reformas inadiáveis que ampliem os direitos políticos e sociais.

A reforma política, com financiamento público de campanha e fortalecimento dos partidos, deve ser uma prioridade para o combate à corrupção e à prevalência dos financiadores – sistema financeiro, transnacionais e o grande capital – que querem impor seus mesquinhos interesses sobre os da sociedade.

Que a pressão da unidade e da mobilização popular continue irradiando a energia das ruas em prol da construção de um novo país, mais justo, democrático e soberano.

Vamos à luta.

Coordenação dos Movimentos Sociais

Fonte: CUT e CMS

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