A CUT junto com os movimentos sociais promove nesta terça-feira (12) o Dia Nacional de Luta pela Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Atividades e manifestações ocorrerão por todo o Brasil para conscientizar a sociedade sobre a importância de se promover uma reforma política. 

O objetivo é preparar a coleta de votos para o plebiscito popular, a ser realizado na Semana da Pátria, de 1º a 7 de setembro. Com urnas espalhadas por todo o país, os brasileiros poderão votar respondendo a pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o sistema político?”. 

Em São Paulo, a mobilização terá início às 16h, em frente ao Teatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo, no centro da cidade, e depois seguirá com passeata pela região.

Para a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Andrea de Vasconcelos, um dos principais desafios das mobilizações nas ruas é ampliar o debate com a população sobre o financiamento das campanhas eleitorais”. 

“A lógica empresarial tem contaminado as campanhas no Brasil. Grandes empresas, bancos, financeiras, influenciam diretamente as decisões do Congresso Nacional. O Bradesco é um grande financiador de campanha. A Friboi é outra empresa, que tem mais de 20 parlamentares que receberam dinheiro em suas campanhas eleitorais e que acabam se posicionando a favor de projetos que interessam aos empresários, mas que comprometem questões ambientais, por exemplo”, explica Andrea.

Congresso não representa o povo

A maioria da sociedade brasileira é formada por empregados (61%) e não por patrões (6%), mas no Congresso Nacional a bancada dos empresários é bem maior: chega a 49% dos parlamentares contra 19% que representam os trabalhadores. As mulheres, que são a metade da população também estão subrepresentadas no Legislativo, com apenas 8% das cadeiras da Câmara e 2% das do Senado. Negros e pardos, como se declaram 51% dos brasileiros, reduzem-se a 8% dos parlamentares.

“É preciso dar voz aos setores que não estão representados no Congresso Nacional e a reforma política é o primeiro passo para isso. Mas o debate sobre este assunto precisa ser pedagógico, reunindo sindicatos, entidades e associações. Sem uma reforma constitucional, será difícil avançar na luta pela liberdade, justiça e igualdade no Brasil”, defende a dirigente sindical.

Mobilização

Até o momento, já foram implantados mais de 800 comitês do plebiscito popular em todos os estados brasileiros. Em São Paulo, já estão formados cerca de 150 comitês. Qualquer grupo de amigos ou de organizações pode organizar um comitê para organizar as atividades do plebiscito por rua, bairro ou região.

Entidades e movimentos sociais também criaram um site para dialogar com a população sobre reforma política. 

> Clique aqui para acessar o site. 

“Dizer que o povo não gosta de política não é verdade e só beneficia a quem interessa, aos grandes empresários, financiadores de campanha. É preciso resgatar um Estado forte, com políticas públicas e que atendam toda a sociedade”, finaliza Andrea.


Fonte: Contraf-CUT

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