Planalto considera que situação pode prejudicar as duas instituições. Para Mantega, crise é de ‘fofocas’ e tem que acabar. Veja aqui a reportagem exibida no Jornal Nacional
A presidente Dilma Rousseff determinou que o ministro da Fazenda ponha fim a um disputa interna em instituições ligadas à área econômica. Guido Mantega admitiu nesta quinta-feira (1º) que a briga poderia atrapalhar o trabalho dessas instituições.
A crise envolve os dirigentes de duas das mais importantes instituições econômicas do país: Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, e Ricardo Flores, presidente da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do banco. Por trás da disputa, está a briga por cargos e poder político.
Flores é ligado ao PT e ao PMDB. Bendine é funcionário de carreira e assumiu a direção do banco em 2009, com apoio do ministro da Fazenda.
A disputa entre os dois resultou de mudanças feitas por Bendine, que tirou sindicalistas de postos chave no banco. Para isso, ele teve o apoio de Guido Mantega. A briga se agravou quando vazou um dossiê sobre movimentações financeiras de um ex-dirigente do BB ligado a Flores, demitido no ano passado.
O Palácio do Planalto considera que o clima de intrigas pode prejudicar as duas instituições e acabar respingando no Ministério da Fazenda. Por isso, a presidente Dilma Rousseff determinou que o ministro Guido Mantega ponha um ponto final nas desavenças.
Ao falar nesta quinta sobre o assunto, Mantega disse que há muita fofoca e que não haverá demissões. Mas deixou claro que é preciso encerrar a crise.
“Essa situação tem que acabar, porque em algum momento isso poderia prejudicar atuação dessas instituições. Não prejudicou até agora. E o governo quer que isto acabe logo pra que isso não atrapalhe o bom desempenho delas”, disse Mantega.
O Banco do Brasil e a Previ não comentaram o caso.
Fonte: G1, com informações do Jornal Nacional
