A operação da nova bandeira de cartão de crédito integralmente nacional, a Elo, deve ser iniciada até o final do primeiro trimestre deste ano, informou o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, nesta quinta-feira 20.

O negócio, fechado em abril do ano passado, nasceu de uma parceira entre o BB, o Bradesco e, posteriormente, a Caixa Econômica Federal, que somou-se ao grupo em agosto.

"Vamos lançar o cartão em caráter definitivo. Após a vinda da Caixa na parceria, optamos por entregar ao público o serviço completo para todos os bancos e, inclusive, para os não correntistas", afirma o diretor da área de cartões do Banco do Brasil, Denilson Molina.

Inicialmente, a operação em todo o País estava prevista para acontecer em outubro de 2010, mas em decisão conjunta, os três bancos optaram por postergar o lançamento.

Menor Renda

O foco da nova bandeira serão as classes de renda menor, como as C, D e E, e a população não bancarizada do País, no setor de cartões de crédito, débito e vales.

Por se tratar de um produto nacional, a Elo não terá de pagar royalties pelo uso de marcas internacionais. Dessa forma, existe a probabilidade de as tarifas cobradas pelo cartão serem menores.

"Teremos tarifas diferenciadas, isto é certo. As nossas (tarifas) tendem a ser menores, principalmente por não termos de gastar com royalties, o que não nos impactará", diz Molina.

Quanto às taxas de juros, o executivo ressaltou que elas estão ligadas ao risco do negócio. "As taxas de juros continuarão sendo pautadas pelo nível de risco. Dependendo do comportamento de cada banco, essas taxas podem ser maiores e menores".

Expansão

Os bancos contam com a estimativa de que, em cinco anos, a Elo tenha 15% do mercado. Essa caracterização pela abrangência nacional tem como foco integrar o maior número de clientes possível. A marca concorrerá com as multinacionais Visa e Mastercard.

Com relação ao compartilhamento dos caixas eletrônicos dos três bancos, a Caixa já integrou a sua rede com a do BB, que, por sua vez, compartilha terminais com o Bradesco.

Para Molina, não haverá grandes problemas para unificar as estruturas, uma vez que, na fase de testes, tudo está correndo de forma tranquila.

Fonte: InfoMoney

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