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Os empregados da Caixa Econômica Federal decidiram, em assembléia realizada na quarta-feira (14), na Galeria dos Empregados do Comércio, manter a greve no Rio de Janeiro. Os bancários não avaliaram a proposta da direção da empresa, embora o Comando Nacional dos bancários reconheça os avanços na nova Participação nos Lucros e Resultados (PLR) apresentada pelo banco.

Avaliação

A expectativa dos empregados é de que os valores pagos em 2009 sejam no mínimo iguais aos da PLR do ano passado, apesar da redução do lucro líquido da Caixa. O Comando entende ainda que a distribuição dos valores deveria contemplar melhor os empregados de menores salários.

A proposta, que também apresenta avanços nas cláusulas sociais e sindicais, é insuficiente. Itens importantes como isonomia e uma valorização salarial, que poderia ser feita por meio de concessão de Delta, não foram atendidos. Além disso, a contratação de três mil novos empregados é positiva, mas não resolverá o problema crônico de excesso de trabalho a que estão submetidos os funcionários.

"Não podemos avaliar uma proposta, que é insuficiente e apresentada de forma unilateral e arbitrária. Se a direção da Caixa quer apresentar uma proposta, que faça na mesa de negociação, respeitando os trabalhadores", disse o vice-presidente do Sindicato, José Ferreira. A decisão dos bancários foi em função do banco ter divulgado sua proposta na internet, atropelando a negociação com os trabalhadores.

Até o fechamento desta edição, em Brasília, São Paulo, Ceará e Florianópolis, os bancários tomaram a mesma decisão: manter a greve e não avaliar a proposta. Hoje (15) tem assembléia organizativa na Galeria dos Empregados do Comércio, às 17 horas. Ontem, no Rio, o movimento continuou forte, assim como no resto do país.

Comando Nacional busca apoio de parlamentares

O Comando Nacional dos Bancários começa a buscar apoio político para o movimento grevista e em defesa da retomada das negociações na Caixa. Ontem, membros do Comando estiveram com o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que é funcionário do Banco do Brasil e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, solicitando apoio à greve e à reabertura das negociações com a direção da empresa.

Os sindicalistas querem também a intermediação do governo federal em favor dos trabalhadores e durante todo o dia buscaram apoio de outros parlamentares ao movimento dos bancários.

Fonte: Seeb Rio

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