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Arquivo Ao completar uma década como moeda comum, o euro deve enfrentar seu maior desafio neste ano, advertem especialistas. Em 2011, passou pelo ápice da crise da dívida, mas não desmoronou: perdeu apenas 2,3% de valor em relação ao dólar, apesar de todas as dúvidas sobre sua capacidade de resistência.

Em 2012, o desafio é sobreviver e manter todos os países integrantes. O aniversário marca a chegada de cédulas e moedas de euro às mãos de habitantes de 12 países em 1º de janeiro de 2002 – uma data simbólica, pois já era usado nos mercados financeiros desde 1999. Na época, moedas como franco, marco alemão e lira italiana foram abandonadas em nome de um projeto político e econômico para aprofundar a integração da União Europeia. A moeda hoje é usada em 17 países.

Nos primeiros tempos, a criação foi vista com euforia. Entre os argumentos dos defensores do projeto, estão a estabilidade dos preços ao consumidor – desde 1999, a inflação média na zona do euro não passa de 2% – e facilidade nos negócios para empresas do bloco.

Nos últimos 24 meses, porém, a moeda tem sido alvo de críticas e dúvidas. Desde a eclosão da crise da dívida grega, a própria sobrevivência do euro é questionada.

– Tudo parecia ir muito bem até a crise financeira, que lançou luzes sobre falhas institucionais da zona do euro – observa Philip Whyte, do pesquisador do Centro de Reforma Europeia.

Rebaixamentos em massa por agências de classificação de risco sobre as notas de Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália são riscos à estabilidade.

Para especialistas em câmbio, o euro só não implode porque seu desaparecimento não interessa a quase ninguém. Na avaliação do economista Dominique Thiébaut, o fim da moeda única seria desastroso para bancos devido à previsível depreciação de moedas dos países do sul da Europa, dos quais as instituições são credoras.

Uma década de altos e baixos

A situação do euro em números:
– 17 países adotam a moeda
– 332 milhões de habitantes a utilizam
– 2% é a inflação anual média
– 2,3% foi a desvalorização em relação ao dólar em 2011

Fonte: Zero Hora

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