O Gabinete de Gestão Integrada de Segurança Pública (GGI) do Governo do Estado do Paraná reuniu-se na terça-feira (3), em Curitiba, para discutir estratégias para evitar que quadrilhas tenham acesso a artefatos explosivos – como a dinamite utilizada em assaltos a caixas eletrônicos.

O encontro aconteceu no Comando da 5ª Região Militar do Exército e marcou a instalação de uma câmara temática para debater a industrialização, transporte e comércio de explosivos.

A reunião foi realizada após audiência pública ocorrida no último dia 21 de março na Assembleia Legislativa, com a participação da Contraf-CUT, Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), Sindicato dos Bancários de Curitiba, Fetec-PR e Sindicato dos Vigilantes de Curitiba.

"A dinamite é um produto que serve para explodir pedreiras, mas também está sendo utilizado para a prática criminosa. Essa primeira reunião foi fundamental para o trabalho de inteligência que está acabando com essas quadrilhas no Paraná", disse o secretário da Segurança Pública e coordenador do GGI, Reinaldo de Almeida Cesar.

O secretário também destacou os resultados alcançados pelo órgão na fronteira e a importância do trabalho conjunto para a melhoria dos indicadores da segurança pública. "Para assegurar a ordem e a paz social, é necessária a integração e sinergia das forças armadas e policiais. É nesse pilar que o GGI está fundamentado", afirmou.

Nos três primeiros meses deste ano, uma força tarefa das polícias Militar e Civil prendeu cerca de 20 suspeitos de explodir caixas eletrônicos no Paraná e apreendeu cerca de 77 bananas de dinamite (suficientes para destruir entre 15 a 20 equipamentos bancários). Nesta terça-feira, o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu mais três pessoas suspeitas de explodirem caixas em Curitiba.

A licença de compra, venda, utilização e transporte de explosivos é concedida pelo Exército. Durante a reunião, foram apresentadas sugestões para a mudança da legislação de fiscalização de produtos controlados. "Precisamos de uma legislação com mais rigor e que regulamente questões como a escolta para empresas que transportam explosivos. Essa reunião se concentrou neste tema", explicou o general Willian Soares, comandante da quinta região.

Além de representantes da Secretaria de Segurança e do Exército, participaram do encontro membros da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Receita Federal, Receita Estadual, Defesa Civil e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Fonte: Contraf-CUT com O Diário – Londrina

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *