Crédito: Seeb/SP
Seeb/SP São Paulo – Os bancários do Telebanco do HSBC não deram bola para a pressão e o assédio moral da empresa e cruzaram os braços na quinta 1 de outubro, oitavo dia de greve nacional por tempo inderminado dos bancários. Os cerca de 200 funcionários do prédio que fica na esquina das avenidas Ipiranga e São João sofreram com a coação do HSBC desde o início da manhã, mas permaneceram em greve o dia inteiro.

"Os funcionários estão de parabéns, superaram a pressão do HSBC e permaneceram do lado de fora do prédio. A adesão à greve foi espontânea e mostra que os trabalhadores estão mobilizados e exigem que suas reivindicações sejam atendidas", explica o dirigente sindical Nelson Nascimento.

Durante o horário de entrada, às 7h, os funcionários do Telebanco começaram a receber telefonemas de gestores do HSBC exigindo que eles entrassem para trabalhar. O banco ainda mandou que os trabalhadores se aglomerassem na porta do Cine Marabá, que fica próximo ao prédio do Telebanco, para que evitassem as manifestações. Em seguida, quatro seguranças do HSBC foram pressionar os bancários para que eles entrassem.

"O Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região percebeu a movimentação dos seguranças e fomos impedir que eles pressionassem os bancários. Enquanto conversávamos com os seguranças, os funcionários foram embora e ninguém entrou para trabalhar. Foi uma forte demonstração da disposição de luta desses trabalhadores", diz Nelson.

Interdito inválido – Além da pressão e do assédio moral do HSBC, o banco ganhou o apoio da terceirizada Tivit, que funciona no mesmo prédio do Telebanco, para tentar desmobilizar os bancários. O RH da empresa, que presta serviços para os bancos, desceu com um interdito proibitório que conseguiu na Justiça e exigiu que os funcionários entrassem para trabalhar.

O Sindicato dos bancários de São Paulo argumentou que o interdito só tinha validade para a Tivit, mas os representantes da empresa deram uma justificativa no mínimo engraçada: que os trabalhadores do HSBC eram clientes da Tivit e tinham de cumprir a liminar.

"Além de não darem bola para a pressão do HSBC, os trabalhadores ignoraram também a Tivit, que mesmo com a liminar estava errada. Até porque a greve é um direto previsto na Constituição Federal e os funcionários do HSBC usaram muito bem esse instrumento de luta nesta quinta-feira", finaliza Nelson Nascimento.

Fonte: Fábio Jammal Makhoul – Seeb/SP

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