Um caso que já está se tornando uma ameaça aos bancários se repetiu na segunda-feira, dia 5. O gerente de uma agência do Bradesco no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, foi atacado no início da manhã, quando se dirigia ao trabalho junto com o filho.

Os bandidos sequestraram o rapaz e obrigaram o bancário a seguir até a agência para retirar dinheiro e pagar o resgate. O filho do bancário foi liberado em Sapucaia do Sul, após saberem que o valor exigido havia sido pago.

O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre soube do caso somente no meio da tarde, quando uma bancária enviou uma mensagem para um diretor da entidade.

O Bradesco tenta ocultar o caso de insegurança em que é alvo para não prejudicar sua imagem e mostrar a insegurança a que os bancários são submetidos e a precariedade do sistema de segurança de suas agências.

Os bancários cobram mais investimentos dos bancos há muito tempo. Está na pauta de reivindicações que os bancários não podem carregar chaves de cofres, de agências, abrir ou fechar cofres ou mesmo possuir senha para a abertura e fechamento de cofres e prédios.

A categoria defende que este serviço deve ser feito por empresa especializada em segurança, para que todos possam trabalhar protegidos.

Banco omite ataque em unidade do bairro Sarandi

No dia 28 de julho, uma unidade do Bradesco foi arrombada no bairro Sarandi. Os bandidos quebraram as paredes, ingressaram na agência e abriram o cofre, com uso de maçarico. Na segunda-feira, o banco chamou uma empresa para consertar o estrago e ignorou seus trabalhadores.

Enquanto os técnicos consertavam os buracos, os bancários trabalhavam com barulho, fumaça, poeira, ruídos e odores de cimento e outros casos que prejudicaram o bom desenvolvimento das atividades. Neste caso, o banco também pressionou os funcionários a não comunicarem o fato ao Sindicato.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Porto Alegre