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Crédito: Seec PE

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Uma semana depois do início da greve nacional, a mobilização dos bancários continua crescendo em Pernambuco. Nesta terça-feira, dia 5, mais treze agências aderiram ao movimento, totalizando 276 unidades fechadas em todo o Estado. Ao todo, mais de 60% de agências estão paradas, com 6 mil bancários de braços cruzados.
 

Em Recife, o grande destaque deste sétimo dia de greve foi o Santander. Os bancários paralisaram 30 das 35 agências da capital e protestaram para exigir que o banco, juntamente com as demais instituições financeiras, atendam as reivindicações da categoria. "O Santander tem um peso muito grande na mesa de negociações e pode ajudar a resolver o impasse. Vale lembrar que o presidente do Santander, Fábio Barbosa, também é presidente da federação dos bancos (Febraban)", destaca a diretora do Sindicato, Suzineide Rodrigues.

Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que está em São Paulo para participar das reuniões do Comando Nacional dos Bancários, a greve está muito forte e há espaço para crescer ainda mais. "Vamos ampliar a mobilização e fechar mais bancos a cada dia. E, na quinta-feira (dia 9), vamos realizar uma grande passeata pelo centro do Recife para denunciar o descaso dos bancos para a sociedade", diz.

Segundo Jaqueline, o Comando Nacional enviou nesta segunda-feira, dia 4, uma carta ao presidente da Fenaban, Fábio Barbosa, reafirmando a disposição dos bancários para negociar e buscar um acordo "que atenda à expectativa" da categoria. "Esperamos que os bancos tenham entendido o recado dado pelos bancários na greve e aproveitem nossa disposição para negociar com seriedade e apresentar uma proposta que atenda as nossas reivindicações. Não adianta ingressar com interditos proibitórios na Justiça para atrapalhar a greve, fazer contingenciamento ou obrigar seus funcionários a furarem a mobilização. Se os bancos querem acabar com a greve é fácil: basta apresentar uma proposta que contemple nossas expectativas", diz Jaqueline.

Os bancários reivindicam 11% de reajuste, valorização dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção da saúde que inclua o combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades, mais segurança, previdência complementar para todos e fim da precarização via correspondentes bancários. Os bancos propuseram apenas reajuste de 4,29% (inflação do período) e rejeitaram as demais reivindicações.

No Brasil

A greve nacional dos bancários de 2010 já superou o número de agências fechadas no movimento do ano passado. Nesta terça-feira 5, sétimo dia da paralisação, 7.437 agências de bancos públicos e privados não abriram suas portas nos 26 Estados e no Distrito Federal.

Em 2009, os bancários paralisaram 7.222 unidades no dia de maior mobilização da greve. São 910 agências fechadas a mais do que nesta segunda-feira, um aumento de 14%. Em relação ao primeiro dia da greve, iniciada na última quarta-feira, 29 de setembro, o crescimento é de 92,5%. Ainda foram paralisados centros administrativos e outras dependências dos bancos em todo país.

Fonte: Seec PE

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