Crédito: Mauricio Morais/Seeb São Paulo
Mauricio Morais/Seeb São Paulo
Agência do Itaú fechada no Centro Velho de São Paulo, no 21º dia da greve

Como vem acontecendo dia após dia desde a deflagração do movimento, em 19 de setembro, a greve nacional dos bancários cresceu novamente nesta quarta-feira 9 em que a categoria arrancou da Fenaban uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional, amanhã, às 10h, em São Paulo.

No 21º dia da greve, foram fechados 12.136 agências, centros administrativos e call centers de bancos privados e públicos, nos 26 estados e no Distrito Federal. É um crescimento de 97,5% em relação ao índice de paralisação do primeiro dia, quando 6.145 unidades foram fechadas.

“Foi essa extraordinária capacidade de mobilização dos bancários, que estão fazendo a maior greve dos últimos 20 anos, que levou a Fenaban a marcar uma nova rodada de negociação nesta quinta-feira, dia 10. Esperamos que desta vez os bancos apresentem uma proposta que contemple as reivindicações econômicas e sociais da categoria”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

A retomada das negociações acontece às 10h, no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. Ao meio-dia, no mesmo local, o Comando Nacional também volta a negociar as reivindicações específicas com os representantes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. E às 13h haverá nova rodada com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), também na capital paulista.

O que os bancários querem

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: Contraf-CUT