Crédito: Larissa Ponce – Agência Câmara de Notícias
Larissa Ponce - Agência Câmara de Notícias A Comissão de Direitos Humanos (CDHM) da Câmara dos Deputados lançou nessa terça-feira, 13 de dezembro, a Subcomissão de Acompanhamento da Comissão da Verdade. O grupo terá a finalidade de contribuir e fiscalizar os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, criada pelo Executivo para apurar e esclarecer as violações de direitos humanos ocorridos durante o período da ditadura militar no Brasil. A Contraf-CUT participou do evento, representada pela diretora da entidade, Marilza Speroto.

Segundo Marilza, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) foi eleita por aclamação à coordenadora da subcomissão. A deputada explica que o foco será nos casos de perseguição, sequestro, tortura, assassinato e ocultação de cadáveres de opositores políticos da ditadura entre 1964 e 1985. "É nesse período que se concentram os fatos a esclarecer, como, por exemplo, o papel do governo brasileiro na Operação Condor – articulação entre governos do Cone Sul e os Estados Unidos para perseguir e eliminar militantes políticos de esquerda dos países envolvidos", diz Erundina.

A Subcomissão criada pela CDHM terá atribuições de organizar e encaminhar à CNV informações, dados e documentos pertinentes acumulados no decorrer de seus 17 anos de atividades. Também irá pesquisar, avaliar e encaminhar à CNV informações, dados e documentos sobre eventuais casos de violações de direitos humanos de parlamentares e servidores da Câmara dos Deputados no período em análise.

O grupo foi instituído em decorrência da aprovação, pela unanimidade do plenário da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), em reunião ordinária de 30/11/2011, do Requerimento nº 150/2011, de autoria da Deputada Luíza Erundina (PSB-SP).

Ainda irão compor a Subcomissão os deputados Chico Alencar e Jean Wyllys, ambos do PSOL do Rio de Janeiro, Domingos Dutra (PT-MA), Arnaldo Jordy (PPS-PA), Luiz Couto (PT-PB), Rosinha da Adefal (PTdoB-AL) e Erika Kokay (PT-DF).

Também esteve presente na solenidade o deputado argentino Juan Cabandié, filho de militantes e vítima da ditadura argentina. Ele desejou que os parlamentares brasileiros descubram a verdade e que a impunidade tenha um fim. "Para haver a verdade completa, os responsáveis pelos crimes precisam estar no cárcere", conclui.

Fonte: Contraf-CUT com Agência Câmara de Notícias