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CUT Na tarde desta sexta, dia 4, ocorreu a primeira manifestação em São Paulo em defesa da luta do povo egípcio e contra a ditadura Mubarack. O ato ocorreu na rua 25 de Março, tradicional centro de compras no centro da cidade e local simbólico da chegada e permanência da comunidade árabe no Brasil.

O ato foi organizado por diversas entidades árabes e teve participação do movimento social. A CUT esteve presente. O diretor executivo da Central Júlio Turra, ao falar durante a manifestação, destacou a criação de sindicatos independentes no Egito, que surgem no calor da hora, durante o levante popular, e que já deram origem à Federação Sindical Egípcia Independente. A nova federação é contraponto às entidades oficiais, dominadas pelo governo e pelo banditismo.

Uma das contribuições ao levante, por parte do movimento sindical autêntico que passa a se organizar naquele país, é a organização de greves nos locais de trabalho, notadamente no centro industrial de Suez, liberando e mobilizando trabalhadores para a tomada das ruas que é acompanhada pelo mundo inteiro, através dos meios de comunicação, neste momento.

Em suporte a essa participação sindical na busca pela autodeterminação egípcia, a CSI (Confederação Sindical Internacional) convocou para o próximo dia 8 uma manifestação pró-povo egípcio em diversas partes do mundo.

"Queremos deixar claro também que a ingerência norte-americana não é benvinda. O povo do Egito é quem deve escolher o seu destino", afirmou Júlio Turra.

Júlio destacou também que os grandes veículos de comunicação "agitam o mito do radicalismo islâmico para insuflar o medo e para insinuar que fora de uma transição apoiada ou monitorada pelos Estados Unidos haveria o caos. Isso é mentira. Basta lembrar que a Fraternidade Islâmica, grupo organizado e com base social, tem posições moderadas".

Fonte: Isaías Dalle – CUT