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O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro no Estado da Paraíba (Sintrafi-PB) fez o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2015 em alto estilo, nesta quinta-feira (13) na Capital do estado. O destaque ficou por conta dos poetas-cantadores Feitosa Nunes e Raulino Silva, que cantaram e encantaram com seus improvisos sobre o tema da campanha e os sete pecados do capital.

Com o tema “Exploração não tem perdão”, o evento teve início por volta das 10h, em frente ao Condomínio do  Banco do Brasil, na Praça 1817, centro da capital, onde os bancários fizeram um ato público para alertar a sociedade pessoense sobre o lançamento da campanha e suas consequências, caso os banqueiros optem pela intransigência, em vez da via negocial. Após o ato, os bancários percorreram as principais agências de João Pessoa, onde os poetas discorreram de forma criativa, bem humorada e reflexiva sobre o dia-a-dia de bancários, clientes e usuários. “É a forma que temos de conscientizar a sociedade sobre a ganância, o assédio, a mentira, a irresponsabilidade, a terceirização, a discriminação e a ostentação, que são os sete pecados do capital”, ressaltou Feitosa Nunes. 

O presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Henriques, falou sobre os lucros recordes dos bancos, da falta de funcionários nas agências e da exploração. “Os maiores bancos do País começaram a divulgar os lucros do primeiro semestre deste ano, registrando crescimento de 20% no Banco do Nordeste do Brasil (BNB) a 60% no Banco do Brasil, em relação ao mesmo período de 2014. Isto significa que os bancos podem atender às reivnidicações dos bancários, que pedem apenas  a reposição da inflação do período e um ganho de 5,7%. Até porque a crise anunciada pela mídia, além de ser tendenciosa e de cunho político, não afetou os bancos de jeito nenhum; pelo contrário, tem ajudado a aumentar ainda mais os seus lucros”, argumentou o Presidente do Sintrafi-PB.

O presidente também denunciou a falta de funcionários, que concorre para precarização do atendimento e a prática do assédio moral, dentre outras mazelas que levam os bancários ao adoecimento, e conscientizou a população para as consequências da campanha que se inicia, nessa queda de braço entre banqueiros e bancários. “Os lucros exorbitantes, principalmente dos bancos privados, vão na contramão da demissão de mais de 6 mil bancários, entre junho de 2014 e junho deste ano, precarizando o atendimento ao público e explorando de forma brutal os trabalhadores do ramo financeiro. E esta será uma das bandeiras da Campanha que está sendo lançada. Estamos abertos ao diálogo, mas iremos às últimas conseqüências, inclusive à greve, caso os banqueiros se mantenham intransigentes durante as negociações. E quem avisa, amigo é!”, concluiu Marcos Henriques.

PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS:

Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$7.246,82

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho: fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Cidadania: Reforma política; Fim do financiamento privado para campanhas eleitorais; Reforma tributária, Democratização dos meios de comunicação; Defesa da Petrobras; Defesa da democracia e dos direitos.

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